Pesquisadores argentinos testam novas variedades de cânhamo

O país sul-americano vai além de flores da planta, ao testar 15 variedades de grãos e fibras para a inclusão no catálogo oficial

Publicada em 09/03/2023

capa
Compartilhe:

Por redação Sechat

A Industrial Hemp Solutions (IHS), com sede na Argentina, revelou que está trabalhando com uma equipe de pesquisa da Faculdade de Agronomia da Universidade de Buenos Aires (FAUBA) para a realização de testes em 15 variedades diferentes de sementes de cultivo. Se todas forem aprovadas, mais do que dobrará o número de variedades de cânhamo disponíveis para os agricultores argentinos, que agora estão limitados a apenas 13 – a maioria para produção de canabinóides.

Passo importante

“A entrada dessas novas variedades de genética de cânhamo é um passo importante para o desenvolvimento dessa indústria em nosso país”, disse Diana Guillén, presidente do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (SENASA), que apóia os testes.

O governo promove uma estratégia de planta inteira para o cânhamo que visa explorar a cultura por seus benefícios ambientais e de saúde, além de seu potencial de desenvolvimento econômico. As partes interessadas veem os mercados da semente da subespécie de cannabis como um superalimento e sugeriram que a Argentina poderia produzir óleos, farinhas e proteínas a partir do grão da planta. Os mercados de fibras para materiais de construção, têxteis, celulose e bioplásticos também podem ser explorados, disseram as autoridades.

Qualidade e segurança

O SENASA, responsável pela regulamentação e certificação de produtos de origem animal e vegetal, está “trabalhando para garantir o desenvolvimento da indústria do cânhamo em conformidade com os padrões de qualidade e segurança estabelecidos para sua produção e comercialização”, disse a agência. 

“A introdução dessas novas variedades por meio da empresa IHS é uma excelente oportunidade para fortalecer a indústria, garantindo a qualidade e a segurança dos cultivos”, disse Gabriel Giménez, diretor nacional do Instituto Nacional de Sementes (INASE), que facilitou a importação das sementes de teste.

Uma equipe liderada por Daniel Sorlino, coordenador do Grupo de Estudos e Trabalho da Cannabis e membro da matéria de culturas Industriais da FAUBA, realiza a avaliação das 15 variedades desde setembro de 2022.