Por Ulises Roman Rodriguez do El Planteo

Depois de ter trabalhado por um período limitado sob o nome de Gaia Eyewear, começou a fabricar lentes de cânhamo em busca de um produto sustentável e um projeto inovador.

Sustentabilidade foi algo que, desde menino, manteve acordado este graduado da Universidade Nacional de La Plata (UNLP) quando o cuidado com o meio ambiente começou a aparecer na agenda argentina.

Nesse processo de busca, Percivale teve a seu favor a familiaridade com a planta, tendo tido contato com ela e a cultivado.

“Foi instantâneo, veio do nada. Naquela época, tive a ideia de fazer lentes de madeira, mas na verdade usar madeira acaba não sendo sustentável”, conta da oficina Chanvre, onde recebem o El Planteo, na cidade de Quilmes.

Querido cânhamo

Ao ver as fibras de cânhamo que pendiam de suas mãos, pensou nos óculos e em um segundo percebeu como iria fazê-los.

“Foi em 2012 e todas as informações que consegui foram em inglês ou francês, porque só eram feitas nesses lugares. Então comecei a traduzir trabalhos, estudar até conseguir o primeiro modelo”.

Uma das maiores dificuldades encontradas na promoção do projeto foi a matéria-prima do produto, que não é produzida no país.

Uma primeira etapa pós-investigação foi fazer o resfriamento com água e a separação manual das fibras.

A próxima foi descobrir que em algumas lojas de ferragens eu conseguia as fibras de forma micro, em pequenas escalas.

Mas houve um momento em que ele precisava ter acesso ao produto em maior escala e foi aí que começou a pesquisar como importar em grandes quantidades e de onde.

Em seguida, países como China, Índia e Europa Oriental apareceram em seus radares.

O passo a passo dos óculos de cânhamo da Chanvre
A fibra de cânhamo que eles importam e lavam chega em embalagens de um quilo e cada quilo é dividido em 200 gramas.

De posse da matéria-prima, inicia-se o processo que leva ao produto final: as lentes.