Assustado com os preços dos combustíveis? O cânhamo pode ser uma solução

O etanol, derivado da variedade de cannabis sem THC, promete substituir a gasolina e custar quatro vezes menos na bomba

Publicada em 11/07/2022

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Por João R. Negromonte

Segundo afirmam alguns especialistas em biocombustíveis, o cânhamo, planta que não possui o princípio ativo da cannabis (THC), pode substituir a gasolina e custar quatro vezes menos na bomba que os combustíveis tradicionais. 

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Uma excelente alternativa!

Segundo o pesquisador Tim Castleman, os biocombustíveis como o do cânhamo, poderiam custar um quarto do preço da gasolina na bomba, com apenas uma fração dos subsídios do governo, diz o especialista.

Lá em 2001, Castleman publicou um estudo que mostra os métodos de sua empresa para produzir etanol derivado de cânhamo e o quanto custaria para ser produzido em larga escala. Segundo a pesquisa, sua companhia poderia fabricar combustível à base da planta que custaria cerca de 37 centavos de dólar (em 2001), cerca de um quarto do que se gastava na época para comprar um galão, isto é, US $1,46 em média.

Ambos os valores incluem os subsídios do governo norte-americano. Havia, na época, um crédito fiscal de 54 centavos sobre cada galão de biocombustível, que está na faixa de um dólar atualmente. Contudo, isto é apenas uma pequena fração do dinheiro do governo que sustenta a indústria do petróleo, de acordo com a Fuel Freedom Foundation

Ao contrário do biodiesel de cânhamo, que é feito de óleo da semente e possui um valor de mercado elevado, o etanol de cânhamo é feito a partir dos caules da planta, que normalmente são tratados como resíduos ou subprodutos.

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Então porque ainda usamos combustíveis comuns? 

Bem, como Castleman afirmou em seu artigo, a principal barreira para sua empresa iniciar a produção de etanol de cânhamo era a falta de sua principal matéria prima, ou seja, o cânhamo. Antes da Farm Bill de 2018, lei que regulamentou a produção da planta por lá, era ilegal cultivar cânhamo nos Estados Unidos.

Entretanto, a partir de 2019, mais de meio milhão de acres estavam em produção em terras estadunidenses. “Enquanto os governos não dificultarem muito a obtenção de licenças para os produtores de cânhamo, esse número continuará a aumentar, e talvez possamos finalmente dizer adeus aos combustíveis fósseis para sempre”, destaca Castleman que completa:

“E, ao contrário do etanol de milho ou soja, o etanol de cânhamo não compete com a área usada para o cultivo de alimentos, porque as mesmas plantas são usadas para alimentos e combustível, não para um ou outro”.

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