A nova odontologia com visão integrativa já está transformando a forma como cuidamos da saúde bucal, conectando a boca ao corpo de maneira profunda e fundamentada. Isso porque vai além do tratamento de sintomas para uma profunda investigação de causas, buscando equilíbrio dos sistemas.

A odontologia brasileira vinha sendo ensinada de forma fragmentada, porém hoje existe uma nova visão que integra sistema, ciência e emoção.

Ignorar a conexão entre a boca e o corpo é o maior atestado de desinformação e desatualização profissional, pois o profissional estará se baseando em um sistema obsoleto que adoece quem mais precisa de cuidado.

A nova ou moderna odontologia com visão integrativa olha para o paciente como um todo. Mais do que tratar dentes, ela cuida de tudo o que a boca representa.

Cuidar da boca é também cuidar do intestino, do emocional, do sono, da energia vital, afinal a ciência já mostra que inflamações bucais impactam diretamente em doenças crônicas como diabetes, Alzheimer, doenças cardíacas e até transtornos emocionais. Resistências à insulina podem ser sinalizadas por inflamações gengivais, problemas emocionais, como estresse e depressão, podem ser as causas de DTM e bruxismo, e as perdas ósseas e inflamações podem afetar seu sistema imunológico.

Há alguns dias li essa perfeita e verdadeira explanação e tomei a liberdade de copiar:

"A pele espelha o fígado.
A distribuição de gordura acompanha o estado hormonal.
A estrutura da mandíbula reflete a saúde das vias aéreas.
A retenção de líquidos reflete os vasos linfáticos.
A saburra lingual espelha o microbioma.
O tônus muscular marca a longevidade."

E onde entra nesse cenário todo a cannabis medicinal?

A cannabis medicinal pode ser vista como uma ferramenta reguladora dentro desse mapa corporal onde cada parte do corpo reflete um sistema interno. Ela atua principalmente por meio do sistema endocanabinoide, que está presente em praticamente todos os tecidos e influencia:

Fígado e pele: O fígado metaboliza os canabinoides, e estudos mostram que o CBD pode ter efeitos hepatoprotetores, ajudando em casos de inflamação ou esteatose hepática. Como a pele espelha o fígado, isso pode se refletir em melhorias dermatológicas também.

Distribuição de gordura e estado hormonal: O sistema endocanabinoide regula o metabolismo lipídico e pode influenciar o apetite, o armazenamento de gordura e até o equilíbrio hormonal, afetando a composição corporal.

Mandíbula e vias aéreas: Embora menos estudado, há evidências de que o CBD pode ajudar em condições respiratórias como asma e apneia do sono, o que pode impactar a estrutura mandibular indiretamente.

Retenção de líquidos e sistema linfático: A cannabis tem propriedades anti-inflamatórias que podem ajudar a reduzir edemas e melhorar a circulação linfática.

Saburra lingual e microbioma: O microbioma bucal e intestinal pode ser influenciado por compostos da cannabis, que modulam a inflamação e a resposta imunológica — embora essa área ainda esteja em expansão científica.

Tônus muscular e longevidade: Atletas e idosos têm usado cannabis para recuperação muscular e controle de dores crônicas, o que pode preservar o tônus e promover qualidade de vida.

Resumindo, a cannabis medicinal não age isoladamente em um único ponto; ela interage com múltiplos sistemas, promovendo equilíbrio e potencialmente refletindo em cada uma dessas manifestações corporais, sendo portanto fundamental essa terapia dentro da odontologia atual.

Eis o casamento perfeito!!