Por Sechat Conteúdo

A pandemia sem precedentes do novo coronavírus trouxe, junto com ela, medos e inseguranças quanto ao futuro. Esses sentimentos se fizeram presentes em boa parte da população e, principalmente, entre os profissionais da saúde que trabalham diariamente, de forma exaustiva, para melhor tratar e conter a doença no país. Porém, com o alto número de pacientes infectados, escassez de pessoal, baixa qualidade de infraestrutura dos hospitais públicos e muitas horas de jornada de trabalho, de que forma a saúde mental destes profissionais pode ser preservada?

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O impacto de canabinoides no tratamento de sintomas de estresse e ansiedade, como os vivenciados por médicos e enfermeiros perante o cenário atual, como já comprovado, pode ser positivo. Segundo estudo da Washington State University, publicado no Journal of Affective Disorders, em 2018, 90% dos participantes que utilizaram a cannabis apresentaram uma redução nos sintomas de estresse e ansiedade em curto prazo.

No entanto, por mais que apresente melhora para estes dois sintomas, o uso da cannabis a longo prazo pode ter efeitos negativos. Ainda conforme o estudo, o uso no tratamento da depressão pode apresentar efeito rebote ao longo do tempo. Isso ocorre por conta do teor de THC (tetra-hidrocanabinol) contido na Cannabis. Por causar o efeito psicoativo e a aceleração dos batimentos cardíacos, esta substância, quando utilizada em grande quantidade, pode potencializar a ansiedade, em vez de tratá-la.

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Esses efeitos não são encontrados no CBD (canabidiol), substância mais conhecida extraída da Cannabis que, em doses mais altas, ainda age de forma efetiva na redução da ansiedade.

No caso dos profissionais da saúde, a cannabis com maiores concentrações de CBD e, menores, em THC pode tratar com eficiência os transtornos do humor e preservar a saúde psicológica que, muitas vezes, é colocada em jogo em momentos de calamidade pública como o que estamos vivendo.

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