A escolha de Kamala Harris para presidência pode fortalecer chapa democrata pró-cannabis nos EUA
Com Tim Walz como vice, decisão representa um avanço histórico na luta pela legalização federal da maconha
Publicada em 16/08/2024
Kamala Harris e Tim Walz | Imagem: Canva
A escolha de Kamala Harris como candidata à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Democrata, acompanhada de Tim Walz como seu vice, sinaliza um potencial mudança significativa na política federal em relação à cannabis. Walz, atual governador de Minnesota, é um defensor ativo da legalização da maconha, tendo sancionado uma lei de uso adulto em seu estado em 2023. Essa decisão coloca a chapa Harris-Walz como a primeira com uma agenda claramente pró-legalização, o que anima defensores e especialistas da indústria.
David Culver, vice-presidente sênior de relações públicas do US Cannabis Council, destacou em entrevista ao portal MJBiz Daily que, pela primeira vez, uma chapa presidencial é explicitamente favorável à reforma da cannabis, criando expectativas positivas para o setor que movimenta bilhões de dólares. A experiência de Walz em Minnesota, onde implementou uma estrutura progressista para a legalização da planta, reflete um compromisso com uma abordagem inclusiva e justa, focada na justiça social e na prevenção de monopólios.
Se eleita, a chapa poderá influenciar de maneira decisiva o cenário federal, alinhando-se com iniciativas já defendidas por Harris durante o governo Biden, como a flexibilização das leis federais sobre a maconha. A liderança de Walz, que já mostrou sua capacidade de transformar o mercado de cannabis em Minnesota, é vista como um modelo para a potencial reformulação das políticas nacionais.
Enquanto isso, a oposição republicana, liderada por Donald Trump, permanece relativamente neutra ou ambígua em relação à reforma da cannabis. A inclusão de JD Vance como vice na chapa republicana, que se opôs à reforma bancária para a maconha, sugere uma abordagem menos favorável à legalização, contrastando com a proposta progressista dos democratas.