Grupo empresarial defende segurança e benefícios das sementes de cânhamo para alimentação de humanos e animais
Mudanças nas regulamentações das quantidades de THC poderiam contribuir com o desenvolvimento da pauta, sugerem especialistas
Publicada em 26/08/2024
Imagem: Vecteezy
Um grupo empresarial internacional do setor de cânhamo está defendendo a ideia de que as sementes desta planta, além de seguras, podem oferecer uma série de benefícios tanto para humanos quanto para animais. A Federação de Organizações Internacionais de Cânhamo (FIHO), argumenta, por meio de um documento oficial, que o consumo de sementes de cânhamo e seus subprodutos é não apenas inofensivo, mas potencialmente vantajoso, destacando o alto valor nutricional dessas sementes.
O órgão também têm pressionado autoridades globais a revisarem as regulamentações que limitam o teor de THC nas sementes de cânhamo. Atualmente, muitos países impõem restrições rigorosas quanto à quantidade de THC, o composto psicoativo presente na planta, que pode estar presente em quantidades mínimas nas sementes e seus derivados. O grupo sugere que esses limites, que variam entre regiões, deveriam ser reavaliados para refletir a realidade dos baixos riscos associados ao consumo desses produtos.
Segundo os representantes da FIHO, as sementes de cânhamo contêm níveis de THC tão baixos que são insuficientes para causar qualquer efeito psicoativo, tanto em humanos quanto em animais. Além disso, eles apontam que o THC presente nas sementes está geralmente na forma de um precursor que só se transforma em sua forma ativa quando submetido a temperaturas elevadas, um processo que não ocorre nem na alimentação de animais nem durante o consumo humano.
É importante ainda destacar os benefícios do cânhamo como uma fonte rica em proteínas, ácidos graxos essenciais e fibras, tanto para alimentação humana quanto animal. A FIHO argumenta, que a inclusão das sementes de cânhamo na dieta poderia melhorar a saúde geral dos animais de criação, sem representar qualquer risco para saúde pública, caso os produtos desses animais sejam consumidos por humanos.
Com base nesses argumentos, o grupo está pressionando para que as legislações sejam atualizadas, permitindo maior flexibilidade no uso de sementes de cânhamo e seus derivados na alimentação. Eles acreditam que a atual rigidez nas regulamentações é baseada em percepções desatualizadas e não reflete os avanços científicos que comprovam a segurança desses produtos.
Ao mesmo tempo, o grupo insiste que não apenas o THC, mas também outros compostos como o CBD, um canabinoide não psicoativo com potenciais benefícios terapêuticos, devem ser isentos de restrições severas. Essa abordagem, segundo eles, poderia abrir caminho para uma maior aceitação do cânhamo na indústria alimentícia e no agronegócio, trazendo benefícios econômicos e ambientais adicionais.
Com informações de Hemp Today