A chamada guerra contra as drogas, uma política global de repressão que já dura décadas, está deixandoo marcas irreversíveis no meio ambiente. Um relatório de 2023 elaborado pela Coalición Internacional para la Reforma de la Política de Drogas y la Justicia Medioambiental revela que proibições rígidas “alimentam” a devastação de ecossistemas críticos , principalmente em florestas tropicais, matas de altitude e regiões de mineração.

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Na prática, essa repressão empurra os pequenos agricultores para as bordas das florestas ou para regiões remotas, onde acabam produzindo drogas ilegais, cocal, ópio, cannabis, longe de qualquer suporte institucional. 
Eles invadem áreas protegidas, queimam vegetação, degradam solo, poluem águas, tudo para escapar da fiscalização ou de conflitos diretos com o aparato repressivo. E, mesmo com tantos danos ecológicos, o sistema raramente reconhece sua própria responsabilidade.

Justiça ambiental começa quando encaramos o proibicionismo

O relatório aponta que a proibição global é um “elo perdido” na justiça climática, ou seja, enquanto se combate desmatamento e emissão de carbono, ignorar o impacto socioambiental das políticas antidrogas impede avanços verdadeiros.
Uma alternativa que se destaca: regulação eficaz e responsável, com base em direitos humanos, saúde pública e sustentabilidade.
Isso inclui legalização controlada, monitoramento transparente e participação das populações afetadas. Só assim será possível interromper o ciclo de destruição: agricultores vulneráveis forçados à clandestinidade, crime organizado lucrando, meio ambiente em colapso.
 

Com informações de El.Planteo.