Trump avalia reclassificar maconha como droga de menor risco

O governo Trump avalia reclassificar a maconha como droga de menor risco, medida que facilitaria pesquisas, investimentos e deduções fiscais para o setor, segundo o Wall Street Journal

Publicada em 11/08/2025

Trump avalia reclassificar maconha como droga de menor risco

Medida mantém proibição, mas suaviza controles, concede deduções fiscais e fortalece investigações médicas | Foto: Divulgação

O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estuda reclassificar a maconha como uma substância de menor risco, segundo o The Wall Street Journal. A medida não legalizaria a cannabis, mas reduziria restrições, permitindo deduções fiscais para empresas do setor e ampliando as pesquisas médicas. A proposta retoma discussões iniciadas no governo de Joe Biden, que não foram concluídas.


A pauta voltou a ganhar força após grandes doações de empresas ligadas à indústria da cannabis para grupos políticos próximos a Trump. No início de agosto, o clube de golfe do ex-presidente, em Nova Jersey, recebeu um evento de arrecadação com cotas de participação de até US$ 1 milhão. 


Estiveram presentes executivos da Trulieve, uma das maiores empresas do mercado de maconha medicinal no país, além de representantes de farmacêuticas, companhias de criptomoedas e conselheiros políticos de Trump.


Mudança facilitaria pesquisas e investimentos


De acordo com fontes ouvidas pelo WSJ, Trump teria demonstrado interesse nas propostas apresentadas. A reclassificação transferiria a maconha da “Lista 1” (Schedule I), nível mais restritivo, que inclui drogas como a heroína, para a categoria “Schedule III”, considerada de “moderado a baixo potencial para dependência física e psicológica”, segundo a DEA (agência de repressão às drogas).


Essa mudança diminuiria o controle federal sobre a substância, possibilitando novos estudos, maior acesso a tratamentos com cannabis medicinal e estímulo a investimentos no setor.


Lobby pró-cannabis investe milhões


O WSJ aponta que o lobby pró-cannabis vem investindo milhões de dólares em publicidade, pesquisas e na contratação de consultores próximos ao ex-presidente para influenciar a decisão. Apesar do avanço nas conversas, ainda não há decisão final e as discussões seguem dentro do governo Trump.