A NHL tem vivenciado uma mudança cultural com a crescente aceitação da cannabis entre os jogadores, enquanto o consumo de álcool em festas tem diminuído. O defensor do Florida Panthers, Nate Schmidt, destacou essa transformação, observando que muitos atletas consideram a substância uma alternativa eficaz para relaxamento pós-jogo.

Mudança na cultura esportiva

Schmidt afirmou que o estigma em torno da cannabis praticamente desapareceu entre os jogadores mais jovens, enquanto os veteranos ainda demonstram certa resistência. "A mentalidade está mudando. Antes, sair para beber era quase um ritual. Agora, muitos preferem ficar em casa, jogar videogame e, em alguns casos, consumir cannabis", explicou o atleta.

Essa tendência não é isolada. Um ex-jogador da NHL, atualmente na administração de uma equipe, estimou que entre 60% e 70% dos atletas da liga utilizam cannabis regularmente. Além disso, pesquisas apontam que aproximadamente dois terços dos jogadores consumiram comestíveis de cannabis durante a última temporada.

Regulamentação e impacto na performance

A NHL adota uma abordagem mais flexível em relação à substância. Embora os testes antidoping incluam a detecção de cannabis, os jogadores que testam positivo não são automaticamente punidos, podendo ser encaminhados para o Programa de Abuso de Substâncias e Comportamento da liga, caso necessário.

O veterano Alec Martinez, do Chicago Blackhawks, sugere que a pandemia de COVID-19 pode ter acelerado essa mudança comportamental. Segundo ele, os períodos de isolamento forçaram muitos jogadores a reformular hábitos e adotar uma rotina mais equilibrada.

Enquanto a cannabis ganha espaço como uma ferramenta de recuperação e bem-estar entre os jogadores, especialistas apontam que a tendência reflete uma transformação mais ampla nos esportes de alto rendimento, onde a manutenção da performance física e mental se tornou prioridade.

Fonte: Sports Keeda