Novo estudo busca voluntários para entender como a cannabis pode auxiliar no tratamento da enxaqueca crônica

As inscrições ficam abertas até o dia 31 de maio, por isso, se você sofre com crises de enxaqueca e busca uma nova alternativa de tratamento, essa é uma ótima oportunidade

Publicada em 20/05/2022

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Por João R. Negromonte, com informações de Uidi

Em uma pesquisa inédita no Brasil, 40 pacientes serão acompanhados por médicos e pesquisadores durante três meses, com intuito de avaliar quais os benefícios e eventuais efeitos adversos da aplicação oral do óleo de cannabis em pessoas que sofrem com enxaqueca crônica.

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Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia, cerca de 30 milhões de pessoas, apenas no Brasil, sofrem com enxaqueca. Sabendo disso, a clínica online focada em terapia canabinoide, Uidi (www.uidi.com.br) e o laboratório de neurociência comportamental da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) serão os realizadores da pesquisa. Além disso, o estudo contará com o apoio da empresa de produtos de cannabis Natyva Care, parceira deste portal no e-book: “Guia Sechat: Saúde, Negócios e Legislação da Cannabis”, e da associação de pacientes Santa Cannabis.

“É muito gratificante poder contribuir para levar acesso à mais qualidade de vida através do uso medicinal da cannabis. Já são cerca de 100 mil brasileiros que se beneficiam dos efeitos terapêuticos dessa planta, que tem potencial de ajudar milhões de pessoas em nosso país. Cada vez mais a cannabis precisa ser tratada de forma séria e responsável pela sociedade, promover ações com viés científico nos dá esse respaldo,” destaca o CEO da Uidi, Renan D. Justino.

Quem poderá participar?

Os voluntários devem residir no Brasil, ter entre 18 e 59 anos e apresentar sintomas prévios de enxaqueca crônica. O responsável pela pesquisa, Dr. Rafael bittencourt, neurocientista, revela que o estudo será do tipo Coorte Prospectivo 

- realizados com objetivo de investigar a história natural, aspectos subclínicos e clínicos de enfermidades e estudar várias características relacionadas à transmissão e à manutenção destas doenças - e os pacientes serão avaliados periodicamente. 

"Para se inscrever é necessário preencher um questionário de seleção, de onde serão cruzados os dados para escolha dos participantes de acordo com os critérios de saúde e socioeconômicos. Os selecionados serão acompanhados ao longo de 3 meses por uma equipe multidisciplinar e responderão a uma série de questionários auto aplicáveis,” explica o médico.

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Bittencourt reforça também que o objetivo do estudo é constatar a evolução dos pacientes quanto a melhora dos sintomas da doença, possíveis efeitos adversos, diminuição da incapacidade causada pela enxaqueca, melhora da qualidade de vida e, consequentemente, diminuição do uso de medicamentos analgésicos. 

Já o diretor médico da clínica Uidi, Laerte Rodrigues Júnior (CRM 105065SP), ressalta que que mulheres grávidas, lactantes ou que planejam engravidar, além das pessoas que têm histórico de intolerância aos componentes da planta ou que fizeram uso de canabinóides no mês que antecede o estudo não poderão ser voluntários pelos critérios de pesquisa.

“A previsão é que a publicação definitiva da conclusão da pesquisa seja apresentada no primeiro semestre de 2023,” diz Laerte.

Os medicamentos utilizados na pesquisa serão disponibilizados pela empresa Natyva Care, que possui um portfólio com produtos 100% orgânicos e fabricados com os mais rigorosos controles de qualidade, pureza e potência. Além disso, os pacientes serão acolhidos pela associação Santa Cannabis, de Florianópolis, cujo o presidente, Pedro Sabaciauskis, que também é colunista do portal Sechat, salienta: “A ONG estar envolvida neste estudo com tratamento de forma gratuita nos enche de orgulho. Isso reforça nossa missão enquanto associação e prova que, no setor da Cannabis, o capital e o social podem e devem andar juntos em benefício da população,” destaca ele a respeito da iniciativa que pode auxiliar na construção de políticas públicas de incorporação da planta como alternativa medicamentosa.   

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Como participar? 
As pessoas interessadas em participar do estudo, podem se inscrever até o dia 31 de maio através do site. Para obter mais informações e esclarecer dúvidas, basta acessar o perfil @clinicauidi no Instagram.