Numa busca por soluções inovadoras e sustentáveis para a indústria da construção, pesquisadores da Escola de Engenharia de Nova York estão direcionando seus esforços para o desenvolvimento de revestimentos isolantes de cânhamo industrial. Este projeto ambicioso visa remodelar edifícios, não apenas para melhorar a eficiência energética, mas também para reduzir significativamente a pegada de carbono associada ao ambiente construído.

Com um investimento de US$ 1,5 milhão do Programa BENEFIT do Departamento de Energia dos EUA, os pesquisadores do Rensselaer Polytechnic Institute (RPI) estão determinados a criar um produto inovador e comercialmente viável. Ao longo de um período de três anos, essa equipe multidisciplinar se dedicará a produzir um revestimento isolante que não apenas reduza os custos de aquecimento e resfriamento, mas também seja fácil de instalar e durável.

O coração deste projeto é o desenvolvimento de um painel isolante estrutural de cânhamo, sigla em inglês HeRS. Este material revolucionário consistirá em fibras de cânhamo densamente entrelaçadas, unidas por um aglutinante reciclado. O HeRS está projetado para oferecer um desempenho térmico excepcional. Isso se traduz em uma redução significativa no consumo de energia para aquecimento, ventilação e ar-condicionado, potencialmente diminuindo-os entre 15% e 25%.

O potencial deste projeto vai além da eficiência energética. Ao integrar o cânhamo, uma cultura versátil e renovável, na indústria da construção, os pesquisadores esperam impulsionar economias circulares regionais em todo os Estados Unidos. Essa abordagem não apenas beneficiará os proprietários de edifícios, mas também promoverá a sustentabilidade ambiental em larga escala.

Para transformar esta visão em realidade, o RPI está colaborando com parceiros da indústria, incluindo empresas como Durasip, Hempitecture e Introba. Juntos, estão empenhados em criar uma cadeia de abastecimento sustentável para integrar efetivamente as fibras de cânhamo na produção do HeRS.

Este financiamento reflete o compromisso do governo em enfrentar a crise climática. Ao apoiar projetos como este, o Departamento de Energia contribui para uma transição global para emissões líquidas zero de gases de efeito estufa até 2050.