O cânhamo na limpeza de produtos químicos tóxicos 

Uma pesquisa avalia o potencial da planta para descontaminar solos afetados por substâncias químicas

Publicada em 23/06/2023

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Por Redação Sechat

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Pesquisadores universitários em Michigan (EUA) estão conduzindo estudos sobre o cânhamo e seu potencial para descontaminar solos afetados por substâncias per e polifluoralquil (PFAS), produtos químicos que têm sido objeto de avaliação minuciosa por parte de agências ambientais e de saúde, de acordo com o portal Hemp Today. 

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Uma equipe da Northern Michigan University (NMU) revelou que os resultados preliminares indicam que as plantas de cânhamo têm a capacidade de extrair as substâncias do solo e podem degradar esses produtos químicos.

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Denominados "produtos químicos persistentes" devido à sua incapacidade de se decompor na natureza, os PFAS foram encontrados em seres humanos, água, ar, peixes e solos, de acordo com a Agência de Proteção Ambiental (EPA).

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O cânhamo pode ser promissor na limpeza de produtos químicos tóxicos

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Substâncias químicas utilizadas em panelas antiaderentes de "teflon", embalagens de fast food, roupas impermeáveis e carpetes resistentes a manchas e líquidos têm sido objeto de estudo. Esses compostos químicos também são encontrados em lubrificantes, espumas de combate a incêndios utilizadas em bases militares e aeroportos, além de produtos de higiene pessoal como rímel à prova d'água, delineadores, protetor solar, shampoo e creme de barbear.

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O professor de química da NMU, Lesley Putman, está liderando uma pesquisa que explora o cultivo de cânhamo em áreas contaminadas como uma alternativa aos métodos convencionais e mais dispendiosos de remediação, como o uso de carvão ativado granular ou osmose reversa. Essa abordagem inovadora tem o potencial de representar um avanço significativo.

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A equipe liderada por Putman conduziu experimentos com o cânhamo e constatou que a planta absorveu o PFBA, um tipo de PFAS não tóxico, em suas folhas, caules e flores, sem afetar seu crescimento. Já o PFOS e o PFOA, formas tóxicas de PFAS encontradas em moléculas maiores, foram principalmente retidos nas raízes das plantas. 

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A presença global de PFAS indica sua disseminação na atmosfera, mesmo distante de fontes potenciais. A Agência de Proteção Ambiental planeja classificar certos PFAS como substâncias perigosas e pretende exigir que as empresas relatem lançamentos, bem como buscar maior autoridade para combater os poluidores e recuperar os custos de remediação.