"Cannabis não é apenas para doenças crônicas", diz Ana Julia Kiss

Empresária afirma que os produtos a base da planta são para todos que possuem o Sistema Endocanabinoide

Publicada em 11/12/2024

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Imagem: Sechat

“Doenças crônicas abriram o caminho para a medicina canábica, mas os produtos à base de cannabis são para todos que possuem um Sistema Endocanabinoide”, afirma Ana Júlia Kiss, CEO e fundadora da Humora, durante a 3ª edição da Medical Cannabis Fair.

Segundo Ana Júlia, a empresa apresenta uma proposta de pequenas doses diárias, podendo ser usado por todas as pessoas. Os produtos, feitos à base de água e nanotecnologia, com baixa miligramagem também podem ser usados para resgate do paciente

"Pacientes com ansiedade, por exemplo, que enfrentam situações estressantes, como uma reunião, podem usar o produto. Em 15 minutos, ele faz efeito", explica o fundadora.

Além disso, ela destaca o uso de fitocanabinoides para pacientes que enfrentam problemas no fígado devido ao uso de medicamentos alopáticos, já que a ingestão ocorre pela mucosa, evitando o impacto direto no sistema digestivo.

 

Confira a entrevista com Ana Júlia Kiss:

 

 

Perfil do paciente de cannabis medicinal

 

No Brasil, 35,5% dos pacientes que utilizam cannabis medicinal o fazem para tratar dores crônicas. Essas condições incluem fibromialgia, lombalgia, enxaqueca, artrite, artrose e dores relacionadas ao câncer. A saúde mental também é um dos principais motivos para o uso de derivados da cannabis, abrangendo tratamentos para ansiedade, insônia, estresse, depressão, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e burnout.

Doenças neurológicas, transtornos do neurodesenvolvimento e convulsões completam os cinco principais usos medicinais da planta no país, de acordo com uma pesquisa recente.

Quebrando estereótipos

 

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Camiseta usada pela equipe Humora durante a Medical Cannabis Fair. Imagem: Sechat

 

Ana Júlia também destacou o papel da Medical Cannabis Fair na desconstrução de preconceitos em torno da cannabis. “Estamos todos trabalhando, levando o mercado canábico a sério e sempre buscando normalizar o assunto” , comenta o CEO. A feira tem sido um espaço importante para educar e informar o público sobre o uso medicinal da planta, promovendo uma visão mais profissional e responsável sobre o tema.