O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) aprovou recentemente um projeto que visa validar métodos analíticos específicos ao IFAV (Insumo Farmacêutico Ativo Vegetal) e ao produto final derivado do extrato de Cannabis sativa.

Com o apoio técnico e científico de dois bolsistas — um mestre e um doutor —, o estudo liderado pela Rafaela Prates Xavier, Gerente de P&D e Qualidade da Ease Labs, farmacêutica especializada no desenvolvimento de soluções à base de Cannabis, tem como objetivo principal desenvolver e validar métodos que garantam uma caracterização mais completa e um controle de qualidade superior aos padrões estabelecidos pela legislação vigente e pela literatura científica.

"A iniciativa une ciência acadêmica e expertise de mercado para elevar o padrão de excelência da indústria farmacêutica, garantindo maior segurança e qualidade aos produtos à base de Cannabis medicinal. Esse passo reforça nosso compromisso em oferecer soluções inovadoras e alinhadas às melhores práticas globais, contribuindo diretamente para a evolução do setor no Brasil", afirmou Gustavo Palhares, Co-CEO da Ease Labs.

Foco na qualidade e segurança

O projeto inclui o desenvolvimento de métodos indicativos de estabilidade, que controlam outros canabinoides considerados protetores negativos da espécie, além de produtos de manipulação que podem surgir durante os estudos de estabilidade. A iniciativa também prevê a criação de métodos para determinar componentes não canabinoides, com o intuito de fornecer uma caracterização mais detalhada dos produtos e insumos.

“A proposta da Ease Labs está inserida na Linha 2 da Chamada do CNPq, especificamente na Missão 2 da Nova Indústria Brasil (NIB). O projeto dialoga diretamente com os princípios do NIB, como o desenvolvimento produtivo e tecnológico, o aumento da competitividade e o foco em nichos industriais estratégicos, como fármacos e medicamentos", explicou Flávia Guimarães, Gerente de Inteligência Científica da Ease Labs.

Segundo a farmacêutica, os métodos desenvolvidos serão aplicados a um produto real, já comercializado como derivado de Cannabis, que está em processo de desenvolvimento para registro como fitoterápico inovador. "Com a conclusão do projeto, esperamos disponibilizar ao mercado uma solução ainda mais segura e eficaz para os pacientes", conclui.