O futuro da regulamentação da maconha nos Estados Unidos ainda é incerto, segundo um relatório do Serviço de Pesquisa do Congresso (CRS). A análise, publicada na última semana, levanta questões sobre a abordagem do segundo mandato de Donald Trump e o andamento do processo de reclassificação da cannabis pela Drug Enforcement Administration (DEA).

Divergências e expectativas para o novo governo

De acordo com o Marijuana Moment, a incerteza sobre a postura de Trump em relação à cannabis preocupa defensores e especialistas da indústria. Durante sua campanha, ele demonstrou apoio ao reagendamento da substância, ao acesso bancário para o setor e à iniciativa de legalização na Flórida em 2024. Além disso, Trump declarou ser favorável ao direito dos estados de definirem suas próprias leis sobre maconha.

Entretanto, há ceticismo quanto ao avanço de políticas pró-cannabis sob um governo republicano. A liderança do partido na Câmara e no Senado, historicamente contrária à legalização, e figuras como o chefe interino da DEA, que criticou publicamente o processo de reclassificação iniciado sob Joe Biden, são apontadas como barreiras ao avanço da pauta.

DEA ainda não finalizou decisão sobre reclassificação

O CRS destacou que, embora a administração Trump no primeiro mandato tenha revogado diretrizes federais sobre a repressão à maconha, o número de prisões relacionadas à substância caiu a cada ano durante esse período. Agora, a grande dúvida é se o Departamento de Justiça (DOJ) finalizará a proposta da DEA para mover a cannabis para a Tabela III da Lei de Substâncias Controladas (CSA) e quais restrições poderão ser aplicadas.

Até o momento, a decisão final da DEA permanece indefinida, com audiências administrativas adiadas devido a desafios legais. O impasse reforça a incerteza sobre os rumos da regulamentação da maconha nos Estados Unidos no novo governo.