Usuários de maconha podem ficar de fora de nova regra para recuperar direito ao porte de armas nos EUA, diz DOJ
Proposta do Departamento de Justiça dos EUA foi detalhada em publicação do Marijuana Moment, que teve acesso ao documento oficial assinado pela procuradora-geral Pam Bondi
Publicada em 07/08/2025

Imagem ilustrativa: Canva Pro
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) divulgou uma proposta de regra que poderá restringir o direito de usuários de maconha – mesmo em estados onde o uso é legal – de recuperarem o acesso às armas de fogo. Segundo o Marijuana Moment, pessoas que usam cannabis seriam “presumivelmente inelegíveis” para reaver os direitos sob a Segunda Emenda, a menos que provem “circunstâncias extraordinárias.”
A proposta, assinada pela procuradora-geral Pam Bondi e publicada na semana passada, visa orientar o processo de restauração dos direitos de porte de arma para indivíduos que foram desarmados com base na lei federal. No entanto, o DOJ classifica consumidores de maconha e outros “usuários ilegais de substâncias controladas” como indivíduos que demonstram "falta de respeito pela lei" e "potencial periculosidade".
Lei federal proíbe arma para usuários de drogas — mesmo em estados que legalizaram a maconha
O argumento do governo se baseia na Seção 922(g)(3) da Lei Federal, que proíbe o porte e posse de armas por usuários de drogas — incluindo a cannabis, mesmo quando legalizada em âmbito estadual. Essa proibição tem sido alvo de contestações judiciais recentes, com tribunais questionando a constitucionalidade da regra em determinadas situações.
Apesar disso, o DOJ reafirma sua posição: "Pessoas atualmente sujeitas às proibições da 922(g)(3)... presumivelmente seriam negadas, pois sua condição indica falta de respeito pela lei e potencial perigo," afirma o texto.
Proposta admite exceções, mas mantém barreiras para usuários ativos de maconha
A proposta deixa espaço para interpretações caso a caso e ressalta que o procurador-geral "não estará limitado por critérios fixos", podendo avaliar todo o histórico do solicitante. Ainda assim, o texto deixa claro que usuários ativos de drogas ilícitas, como a maconha federalmente ilegal, devem esperar uma negativa.
Por outro lado, pessoas com condenações passadas, mas que não são usuárias no momento, poderiam ser consideradas para a reabilitação de seus direitos, desde que não estejam enquadradas na proibição vigente da 922(g)(3).
Leia o texto completo publicado originalmente no Marijuana Moment no dia 29 de julho de 2025.