Cerca de 86% dos brasileiros sofrem com algum tipo de distúrbio mental; transtorno afetivo preocupa especialistas

Masterclass aborda como o Sistema Endocanabinoide pode ajudar a melhorar os sintomas

Publicada em 03/04/2024

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Transtornos afetivos, também conhecidos como transtornos do humor, têm sido uma preocupação crescente na área da saúde mental. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 86% dos brasileiros sofrem com algum transtorno mental, como ansiedade e depressão. Compreender essas condições, suas causas e opções de tratamento é essencial para aqueles que enfrentam desafios emocionais e para seus familiares. No dia 20 de abril, às 19h30, o neurocirurgião e diretor científico da Sechat, Pedro Pierro, realizará um masterclass online e gratuita para aprofundar esse tema complexo e mostrar como o sistema endocanabinoide pode ajudar a melhorar os sintomas de quem sofre de algum tipo de transtorno afetivo.

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De acordo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, em 2022, aproximadamente 140 milhões de pessoas em todo o mundo são afetadas, geralmente manifestando sintomas antes dos 30 anos, especialmente entre os 18 e 25 anos. A condição possui forte componente genético, com 80% dos casos associados à hereditariedade. Os sintomas podem ser confundidos com outras condições, como depressão, ansiedade ou uso de substâncias, e tendem a ter uma história familiar marcante, muitas vezes proveniente de ambos os pais.


O Que São Transtornos Afetivos?

Os transtornos afetivos são condições psiquiátricas que afetam o estado emocional básico das pessoas, conhecidos como o humor. Esses transtornos incluem depressão, transtorno bipolar e transtorno de ansiedade, entre outros. Em indivíduos afetados, o estado emocional muitas vezes é distorcido ou inconsistente com as circunstâncias e pode prejudicar significativamente o funcionamento diário.

Causas dos Transtornos Afetivos:

As causas dos transtornos afetivos são multifacetadas e ainda não completamente compreendidas. Fatores como desequilíbrios químicos no cérebro, eventos traumáticos, uso de substâncias e predisposição genética podem desempenhar um papel significativo. É importante reconhecer que a predisposição genética não garante o desenvolvimento do transtorno, mas pode aumentar o risco.

Características Clínicas dos Transtornos Afetivos:

Os sintomas dos transtornos afetivos variam, mas alguns são comuns entre eles. Na depressão, por exemplo, os sintomas podem incluir tristeza prolongada, alterações no sono e apetite, falta de energia e pensamentos suicidas. Já no transtorno bipolar, além dos sintomas depressivos, pode-se experimentar episódios de mania, caracterizados por sentimentos de euforia, aumento de energia e impulsividade.

Diagnóstico e Tratamento:

O diagnóstico dos transtornos afetivos é baseado principalmente nos sintomas relatados pelo paciente e em observações clínicas. Não há exames laboratoriais específicos para confirmar esses transtornos. O tratamento geralmente envolve uma combinação de medicamentos, como antidepressivos e estabilizadores de humor, e psicoterapia. A terapia cognitivo-comportamental, por exemplo, pode ajudar os pacientes a desenvolver habilidades para lidar com seus sintomas e desafios emocionais.

Perspectivas de Recuperação:

Com o tratamento adequado, muitos indivíduos com transtornos afetivos podem experimentar melhorias significativas em sua qualidade de vida. No entanto, para alguns, esses transtornos podem ser crônicos e exigir cuidados a longo prazo. É fundamental que os pacientes e seus familiares busquem apoio médico e psicológico para gerenciar eficazmente essas condições

Estudos clínicos sugerem que a cannabis medicinal pode ajudar a aliviar sintomas de depressão em certos pacientes. Pesquisadores da Universidade de McMaster, no Canadá, relataram melhora na qualidade de vida e estabilidade de humor em pacientes com episódios depressivos recorrentes que usaram Dronabinol como adjuvante ou monoterapia.

Outro estudo da Universidade de Saskatchewan, no Canadá, descobriu que os canabinoides têm efeitos antidepressivos e ansiolíticos, estimulando a neurogênese do hipocampo, semelhante aos antidepressivos tradicionais.