Em um mundo marcado por crises ambientais e um solo cada vez mais desgastado, a natureza apresenta soluções que surpreendem pela simplicidade e potência. Uma dessas respostas vem de uma planta historicamente estigmatizada, mas repleta de possibilidades: a cannabis. Muito além de seu uso medicinal, o cânhamo - um cultivar da Cannabis sativa L. com baixo teor de THC – vem sendo estudado como aliado para recuperar terras degradadas e apoiar o futuro sustentável. 

Cannabis e o Solo: fitorremediação como esperança

O solo é a base da vida, mas tem sido intensamente prejudicado por práticas agrícolas agressivas, uso de pesticidas e contaminação por metais pesados. Nesse cenário, a cannabis surge como protagonista da chamada fitorremediação, que basicamente é um processo em que plantas absorvem e neutralizam substâncias tóxicas presentes no solo.

O caso mais emblemático desse poder aconteceu em Chernobyl, onde o cânhamo foi usado para ajudar a limpar terras afetadas pelo maior desastre nuclear da história. Hoje, a ciência confirma que a planta pode absorver metais pesados e capturar mais CO₂ por hectare do que qualquer outra cultura conhecida.

Cannabis e o Solo: conexão com os Objetivos da ONU

A relevância da cannabis no cuidado com a terra é tamanha que especialistas afirmam que ela pode contribuir diretamente para oito dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. 

Além de recuperar solos contaminados e reduzir emissões de carbono, o cânhamo oferece alternativas sustentáveis para setores como papel, biocombustíveis, construção civil e até moda, reduzindo a dependência de recursos não renováveis.

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