Por Lucía Tedesco via El Planteo

As autoridades das Ilhas Fiji, na Oceania, pretendem gerar uma maior diversidade de rendimentos e estão considerando a alternativa de iniciar a produção controlada de cannabis medicinal.

O país enfrenta a busca por novas fontes de renda devido à vulnerabilidade de sua economia. A região dependente do turismo foi duramente atingida durante a pandemia da covid-19. Portanto, compreenderam que não podem apostar todas as suas fichas na indústria do turismo.

“Devemos explorar novos caminhos para gerar rendimento e diversificar a nossa economia. Uma área promissora que estamos considerando é o cultivo de cannabis medicinal”, disse o vice-primeiro-ministro Manoa Kamikamica, conforme relatado pela Hemp Gazette.

Prós e contras da abordagem de Fiji à cannabis

As declarações do Vice-Ministro Kamikamica levantam mais perguntas do que respostas . Embora seja compreensível que a abordagem exclua a cannabis para uso adulto, como muitos países fizeram, é estranho que esta futura produção de cannabis medicinal não seja para uso no país , mas para exportação para outras regiões. Não há pessoas que precisam de cannabis medicinal em Fiji?

“Não haverá vendas ou marketing local; Em vez disso, os produtos serão colhidos, processados ​​e exportados ”, informou o vice-ministro. Ver a cannabis como potencial criadora de empregos e fortalecedora da economia é um grande passo. Mas perde-se o foco numa parte importante: possivelmente, entre os quase 925 mil habitantes de Fiji, há pacientes que deveriam poder recorrer à cannabis medicinal, em vez de esta ser destinada a pacientes e empresas de outros países.

Nem tudo está perdido para os pacientes de Fiji

O próximo passo após o anúncio do vice-ministro seria consultar a população do país para que esta possa dar opiniões e, assim, moldar um futuro para a cannabis medicinal em Fiji. Algum homem corajoso proporá o autocultivo?

O país já possui um histórico de mudanças em sua legislação nesse sentido. No ano passado, com o apoio do presidente Wiliame Katonivere, aprovaram uma lei para importar, possuir, cultivar, vender e fornecer cânhamo industrial , um tipo de cannabis com baixo teor de THC, que tem vários usos. Agora resta legislar sobre a cannabis medicinal e ver se conseguem uma medida que impulsione a economia, sem descurar a saúde dos pacientes.