O mercado global de testes de cannabis foi avaliado em US$ 1,5 bilhão em 2024 e deve alcançar US$ 3,2 bilhões até 2030, crescendo a uma taxa composta anual (CAGR) de 13,1% no período. Os dados constam no relatório "Testes de Cannabis – Relatório de Negócios Estratégicos Globais", divulgado pela Research and Markets em 9 de abril de 2025.

Com a legalização da cannabis para fins medicinais e recreativos em diversas regiões do mundo, os testes se tornaram parte indispensável da cadeia produtiva. O processo garante segurança, qualidade e consistência dos produtos — exigência cada vez mais presente nos marcos regulatórios nacionais e internacionais.

Rigor regulatório e consumidor exigente impulsionam o setor

O crescimento do setor é impulsionado principalmente pela expansão da legalização, somada à pressão regulatória e à demanda por produtos confiáveis. A análise de potenciais terapêuticos dos produtos — com foco nos níveis de THC e CBD — tornou-se essencial para garantir dosagens adequadas e transparência ao consumidor.

“O comportamento do consumidor é outro fator crítico de crescimento; os consumidores de cannabis de hoje estão mais informados e preocupados com a saúde”, destaca o relatório. Isso tem levado empresas a investir em testes sofisticados como forma de agregar valor e se diferenciar no mercado.

Tecnologia revoluciona os testes laboratoriais

A adoção de tecnologias como cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), cromatografia gasosa (CG) e espectrometria de massas (MS) tem permitido análises mais precisas sobre canabinoides, terpenos e contaminantes, como pesticidas e metais pesados.

Além disso, a automação nos laboratórios está reduzindo erros humanos, otimizando a velocidade, precisão e confiabilidade dos testes. A padronização de procedimentos, com destaque para a acreditação ISO/IEC 17025, também está em crescimento, como resposta à necessidade de uniformização internacional dos protocolos.

Desafios ainda limitam a expansão

Apesar das oportunidades, o setor ainda enfrenta obstáculos. A falta de padrões globais unificados resulta em divergências nos protocolos e na qualidade dos testes entre países. O custo elevado para implantação de laboratórios, somado à necessidade de equipamentos especializados e mão de obra qualificada, também cria barreiras para novos entrantes.

Mesmo assim, a expectativa é de que a demanda crescente por qualidade e transparência, tanto por parte de governos quanto de consumidores, continue a impulsionar a expansão e a inovação nesse mercado.

Fonte: Research and Markets, 9 de abril de 2025