Mike Tyson investe no mercado da cannabis em Nova York para ampliar seu ‘Império da Maconha’

O movimento de Tyson reflete uma tendência crescente nos Estados Unidos, à medida que a legalização da maconha se expande pelo país

Publicada em 29/01/2024

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Nova York, 29 de Janeiro de 2024 – O lendário ex-boxeador Mike Tyson, que já fez história nos ringues, agora busca conquistar um novo território: o florescente mercado da cannabis em seu estado natal, Nova York. Aos 57 anos, Tyson é mais uma celebridade a adentrar no setor, aproveitando a legalização do uso recreativo da maconha no estado, ocorrida em 2021, mas com licenças para venda sendo concedidas apenas no final de 2022.

 

O movimento de Tyson reflete uma tendência crescente nos Estados Unidos, à medida que a legalização da maconha se expande pelo país. Recentemente, ele lançou sua linha Tyson 2.0, apresentando produtos baseados em uma seleção de “flores fumáveis”, com destaque para nomes como Tiger Mintz e Knockout OG.

 

Segundo informações do The New York Times, em um evento que contou com a presença do ex-boxeador, foram vendidos mais de US$ 40 mil em produtos relacionados. A linha inclui até mesmo uma goma de mascar no formato da orelha de Evander Holyfield, mordida por Tyson durante uma luta memorável em 1997.

 

Entretanto, a incursão de celebridades no mercado da cannabis não é garantia de sucesso. Dados do NYT revelam que, das 30 marcas mais vendidas na Califórnia, apenas nove têm alguma associação com celebridades. O mercado, muitas vezes, privilegia marcas com histórico de qualidade e eficácia.

 

A linha Tyson 2.0, no entanto, parece encontrar seu caminho, especialmente no mercado em crescimento de Nova York. Mitchell Laferla, analista da Headset, empresa especializada em dados sobre cannabis, destaca que, mesmo com preços relativamente mais altos, a abordagem personalizada de Tyson, interagindo diretamente com os clientes, contribui para o sucesso da marca.

 

Em Nova York, onde o mercado é impulsionado por preços acessíveis, Tyson parece ter encontrado um equilíbrio. Ainda que o custo médio de um saco de flores de 3,5 gramas na Califórnia seja de US$ 23,14, o Tyson 2.0 é comercializado por US$ 28,44. Laferla ressalta que o nome de Tyson pode atrair experimentação inicial, mas é a qualidade do produto e a força da marca que farão os consumidores retornarem.

 

Lojas especializadas em cannabis em Nova York, como a Strain Stars e a Conbud, relatam vendas expressivas da linha Tyson 2.0, consolidando a presença do ex-boxeador no emergente mercado da maconha.

 

Tyson, que busca solidificar seu legado como pioneiro no mercado canábico nos Estados Unidos, expressa um objetivo além do lucro financeiro. “Isso é mais importante para mim do que ganhar dinheiro”, declara. Ele associa sua história pessoal ao negócio, citando a maconha como uma ferramenta que o ajudou a superar desafios, incluindo o vício em cocaína que admitiu em 2014.

 

A incursão de Tyson no mercado da cannabis não está apenas centrada em produtos, mas também em promover a legalização e a normalização do consumo da maconha. Uma visão compartilhada por outros nomes do entretenimento, como Fred Brathwait, coproprietário e diretor executivo da B Noble, associada à Curaleaf, a maior empresa de cannabis dos Estados Unidos. A B Noble destina 10% de seus lucros a organizações que apoiam a ressocialização de pessoas após prisão, destacando o compromisso de Tyson e outros em transformar o cenário da cannabis nos Estados Unidos.