Você já ouviu falar sobre o Sistema Endocanabinoide? Talvez o nome soe técnico ou até mesmo complicado, mas a verdade é que esse sistema biológico, presente em todos os vertebrados, atua como um verdadeiro maestro do nosso organismo. Ele é responsável por regular funções como sono, apetite, dor, humor, memória e resposta imunológica. Sem ele, muitas funções essenciais do corpo simplesmente não funcionariam em harmonia.

Ainda pouco abordado em cursos de faculdades da área da saúde como medicina, odontologia e biologia, o SEC está no centro de uma revolução silenciosa que vem transformando a forma como entendemos saúde, bem-estar e tratamentos naturais. É como se estivéssemos descobrindo agora algo que sempre esteve ali, trabalhando incansavelmente por nós.

A boa notícia é que essa história está sendo contada com mais profundidade e evidência científica em um material completo distribuído gratuitamente aqui. O 4º Guia Sechat da Cannabis - reúne informações atualizadas, acessíveis e de qualidade sobre o Sistema Endocanabinoide e os universos da cannabis medicinal e industrial. Ao longo desta leitura, queremos te convidar a conhecer um pouco desse conteúdo, e claro, baixar o e-book para mergulhar ainda mais fundo nessa descoberta. Clique aqui:

Um sistema que nasceu para equilibrar

O SEC atua como um sistema de autorregulação. Ele ajuda a manter o equilíbrio de funções como sono, apetite, dor, humor, memória, imunidade e até a temperatura do nosso corpo. Tudo isso acontece por meio da interação entre os canabinoides produzidos pelo nosso corpo (os endocanabinoides) e os receptores espalhados por praticamente todos os tecidos do organismo.

E é aí que a cannabis, uma planta estigmatizada e descriminada por muitos a conhecerem como maconha, entra com um protagonismo surpreendente: os fitocanabinoides, compostos como o THC e o CBD, se comunicam diretamente com esses receptores. É como se a natureza tivesse deixado uma chave perfeita para uma fechadura que já existe em nós. Coincidência? Ou mais uma prova de que saúde e natureza caminham juntas?

Da molécula da felicidade ao leite materno

Em 1992, o cientista israelense Raphael Mechoulam, que já havia isolado o THC e o CBD nos anos 60, ajudou a identificar um composto fascinante: a Anandamida, também chamada de “molécula da felicidade”. Derivada de uma palavra sânscrita que significa alegria, ela é um endocanabinoide natural que desempenha papel fundamental nos sentimentos de prazer e bem-estar.

Outro dado curioso e emocionante: o leite materno contém endocanabinoides. Isso mesmo. Desde os primeiros momentos de vida, nosso corpo já começa a se conectar com esse sistema vital. Esses compostos ajudam, por exemplo, a estimular o apetite dos recém-nascidos e a promover conforto e vínculo com a mãe.

No entanto, vale lembrar: o uso de cannabis por lactantes ainda é motivo de cautela e estudo. Substâncias como o THC e o CBD podem passar para o bebê através do leite, o que exige orientação médica criteriosa.

Uma descoberta que virou movimento

Foi só após o mapeamento dos receptores CB1 e CB2, também nos anos 90, que a ciência começou a compreender o potencial terapêutico da cannabis. Desde então, surgiram evidências de seus benefícios em casos como epilepsia, esclerose múltipla, dores crônicas, ansiedade e até doenças neurodegenerativas como Alzheimer.

No Brasil, a história ganhou força em 2014 com o emocionante caso da pequena Anny Fischer, que teve suas convulsões controladas com o uso de óleo de CBD. A repercussão do documentário Ilegal e a mobilização de tantas famílias pelo direito ao tratamento com cannabis deram origem a associações e decisões judiciais que mudaram vidas. Hoje, são 147 mil pacientes em tratamento no Brasil com apoio das associações de pacientes. 

A informação como ferramenta de transformação

Apesar dos avanços, o Sistema Endocanabinoide ainda é um universo em constante descoberta. 

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