Quando o corpo pede escuta: o que falta saber sobre cannabis na saúde das mulheres

Estudo revela que, embora muitas mulheres relatem benefícios no uso de medicamentos à base de cannabis, a ciência ainda enfrenta lacunas importantes sobre seus efeitos na saúde feminina

Publicada em 10/11/2025

Quando o corpo pede escuta: o que falta saber sobre cannabis na saúde das mulheres

O que ainda não se sabe sobre a cannabis medicinal | CanvaPro

Há dores que a medicina ainda não sabe nomear. E há corpos, em sua maioria femininos, que seguem buscando respostas entre exames, consultas e esperas que parecem não ter fim.


Segundo o site Cannabis Health News, é nesse espaço de silêncio que os medicamentos à base de cannabis começam a surgir como um sopro de esperança, especialmente entre mulheres que convivem com dores crônicas, distúrbios do sono, ansiedade, endometriose ou sintomas da menopausa.


Os relatos se repetem em clínicas do Reino Unido: melhora na dor, no humor, no descanso. Pequenos respiros no meio do caos. Mas, ao mesmo tempo, a ciência ainda engatinha, há mais perguntas do que certezas, mais experiências pessoais do que evidências consolidadas.


Entre a esperança e a ciência que ainda caminha


Segundo o site, mais de 750 mil mulheres no Reino Unido aguardam por atendimento ginecológico, o dobro do número registrado antes da pandemia. Nesse contexto, o acesso a terapias alternativas se torna um refúgio possível, mesmo que o respaldo científico ainda seja insuficiente.


Pesquisas indicam que os hormônios femininos podem alterar a forma como o corpo responde ao THC e ao CBD, e que a baixa representação de mulheres em estudos clínicos cria um vácuo perigoso de conhecimento.


O Cannabis Health News reforça que entender o papel do sistema endocanabinoide nas diferentes fases da vida da mulher, da puberdade à menopausa, é um passo urgente para que a medicina se torne verdadeiramente inclusiva.


O cuidado como caminho


Mais do que uma questão farmacológica, essa é uma conversa sobre escuta e empatia.
O uso da cannabis na saúde feminina revela não apenas o potencial terapêutico da planta, mas também o quanto a medicina tradicional ainda precisa se abrir ao diálogo com quem vive a dor na pele.


Porque, no fim das contas, o corpo feminino não pede milagres — pede cuidado, ciência com sensibilidade e uma medicina que saiba olhar para o todo, e não apenas para a parte que dói.


Com informações de Cannabis Health News.