Terapia alternativa no combate à depressão: os cogumelos alucinógenos

Estudos sugerem que a substância reduz inflamação e melhora o funcionamento do cérebro

Publicada em 30/01/2025

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Imagem ilustrativa: Canva.

Uma nova revisão sistemática, publicada este mês na revista Progresso em Neuropsicofarmacologia e Psiquiatria Biológica, aponta que a psilocibina, substância encontrada em alguns cogumelos, pode ajudar no tratamento da depressão, especialmente em pessoas que não melhoram com os antidepressivos tradicionais. Os cientistas, todos da Holanda, acreditam que ela pode reduzir a inflamação no corpo e melhorar a comunicação entre as células do cérebro.

 

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Como a psilocibina age no corpo?

 

O estudo analisou nove pesquisas sobre os efeitos da psilocibina no sangue e encontrou:

  • Redução de substâncias ligadas à inflamação, como a interleucina-6 e a proteína C-reativa.
  • Aumento de cortisol no estresse psicossocial durante a experiência psicodélica, aumento da prolactina e da ocitocina

Essas mudanças podem contribuir para o alívio dos sintomas da depressão.

 

O que dizem os estudos clínicos?

 

Pesquisas com pacientes mostraram que doses controladas de psilocibina diminuíram os sintomas da depressão mais rápido e de forma mais intensa do que os tratamentos convencionais. A substância também pode estimular a produção de substâncias no cérebro que ajudam a melhorar o humor e a reorganizar os pensamentos.

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O que ainda precisa ser pesquisado?

 

Apesar dos bons resultados, os cientistas destacam que ainda são necessários mais estudos para entender melhor como a psilocibina funciona, quais são seus efeitos a longo prazo e para quem ela pode ser mais indicada.

A psilocibina pode ser uma opção promissora para tratar a depressão resistente a outros medicamentos, mas ainda precisa de mais pesquisas para garantir sua eficácia e segurança.

A conclusão do estudo sintetiza bem: “as descobertas relatadas fornecem suporte inicial para as propriedades antidepressivas da psilocibina por meio de mecanismos anti-inflamatórios, neuroplásticos e neuroendócrinos na população humana. Os resultados estão em linha com estudos pré-clínicos sobre psilocibina e se opõem aos mecanismos fisiopatológicos estabelecidos do TDM"

Apesar disso, "as descobertas relatadas são limitadas pelo baixo número de estudos, pelos pequenos tamanhos de amostra, número limitado de estudos, ausência de estudos em populações clínicas, avaliações limitadas de longo prazo e ausência de um grupo de controle em estudos abertos."

E pondera: "a potencial confusão de uma resposta ao estresse relacionada à experiência psicodélica como uma explicação alternativa para alguns dos resultados não pode ser excluída."

Por fim, os pesquisadores avisam: "As descobertas relatadas devem, portanto, ser abordadas com cautela antes da replicação”.
 

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