Por Gabriela Fernandes

O taxista aposentado Rogério Francisco de Paiva Moreira, 62 anos, apresentava, em 2015, um quadro clínico complexo de fibromialgia, depressão, ansiedade e dores lombares. Na época com 55 anos, iniciou os tratamentos convencionais. Os resultados não apontavam melhoras significativas. Quatro anos depois, os problemas de saúde dele se agravaram, não conseguia mais andar por causa de uma trombose. A doença se desenvolveu por consequência de outras patologias.

Para encontrar uma solução, ele fez contato com o médico Márcio José Martins Alves, pesquisador da cannabis medicinal na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). “Fiz uma consulta maravilhosa com ele e comecei a usar o óleo da cannabis”, explicou.

Desde então, passou a utilizar diariamente o óleo rico em CDB e THC, substituindo diversos medicamentos opioides como tramadol, morfina e codeína.

O tratamento com o óleo completou 7 anos. Rogério conta que em determinado momento, sentiu a necessidade de reduzir a dose, após ter apresentado avanços no tratamento. Assim, inicialmente percebeu uma grande melhora no seu humor e já não tinha mais aqueles episódios de depressão e ansiedade como antes.

 
Outra condição que melhorou foram as dores pelo corpo. Foi quando ele passou a conseguiu a ter noites de sono mais tranquilas.  Aos poucos, a cannabis devolveu a qualidade de vida que ele não tinha há anos. “Inacreditável, eu hoje sou outra pessoa”, comemorou.

Com o apoio da família e amigos, ele continuou o tratamento. Porém, lamenta que muitas pessoas, inclusive médicos, ainda tenham preconceitos em relação ao uso da cannabis medicinal.

No caso do Rogério, o uso do óleo da cannabis apresentou melhoras que não foram vistas com o uso de nenhum outro medicamento durante 4 anos tentando encontrar a cura.