Tratamento do transtorno de personalidade borderline e a cannabis medicinal como alternativa

Segundo a Sociedade Brasileira de Psicologia (SBP), o TPB atinge cerca de 1% a 6% da população mundial, sendo bem mais comum em mulheres

Publicada em 02/01/2024

capa
Compartilhe:

Por redação Sechat

No Janeiro Branco, mês dedicado à conscientização sobre saúde mental, destacamos a relevância do Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), afetando cerca de 6% da população mundial, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). No Brasil, aproximadamente 10% dos diagnosticados com TPB enfrentam o risco de suicídio, evidenciando a urgência em desenvolver abordagens terapêuticas inovadoras.

O TPB, caracterizado por instabilidade emocional, impulsividade e dificuldade nos relacionamentos, apresenta desafios complexos para pacientes e profissionais de saúde mental. Entre as possíveis alternativas de tratamento, o uso do canabidiol (CBD), um composto derivado da cannabis, que tem demonstrado benefícios no controle de sintomas.

O TPB é mais prevalente em mulheres, geralmente manifestando-se no final da adolescência. É caracterizado por muita instabilidade de humor, hipersensibilidade e padrões de relacionamento conflituosos, incluindo tendências autodestrutivas.

O Transtorno de Personalidade Boderline atinje de 1% a 6% da população mundial, sendo bem mais comum em mulheres, segundo dados da Sociedade Brasileira de Psicologia (SBP).

O CBD, componente da cannabis, é uma das alternativas no tratamento devido às propriedades neuroprotetoras e antipsicóticas. Estudos pré-clínicos indicam que os canabinoides podem atenuar a neurodegeneração, reduzindo danos oxidativos e excitotoxicidade através dos receptores CB1 e CB2.

No tratamento do TPB, o CBD pode desempenhar um papel importante na modulação do sistema endocanabinoide, contribuindo para a estabilização do humor e redução de sintomas psicóticos. O CBD tembém pode aumentar os níveis de anandamida, substância relacionada ao controle do humor, oferecendo uma abordagem terapêutica inovadora.

Além dos benefícios potenciais do CBD, é importante ressaltar que o TPB, embora sem cura definitiva, pode ser gerenciado com tratamentos adequados. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) e a terapia dialético-comportamental (TDC) são amplamente utilizadas para auxiliar os pacientes na gestão de emoções e comportamentos.

Congresso Brasileiro de Cannabis Medicinal

O principal congresso da América Latina de caráter científico e profissional, que busca trazer inovação e avanços relacionados à utilização medicinal da cannabis.  

Medicamentos, como antidepressivos, antipsicóticos e estabilizadores de humor, também são prescritos por grande parte dos médicos no tratamento do TPB. Porém, esses alopáticos podem trazer efeitos colateráis como problemas gastrointestinais, cefaleia, falta de coordenação motora e alterações no sono e no nível de energia

À medida que a conscientização sobre o TPB aumenta, surgem novas possibilidades de tratamento, oferecendo esperança para aqueles que enfrentam desafios relacionados a esse transtorno.