A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune crônica que afeta predominantemente as articulações, resultando em inflamação, dor, rigidez e, eventualmente, danos irreversíveis nas estruturas articulares. Embora a AR possa atingir qualquer pessoa, independentemente da idade ou sexo, as estatísticas mostram uma maior incidência em mulheres e geralmente se desenvolve entre os 30 e 60 anos. A busca por abordagens terapêuticas inovadoras tem levado a uma crescente atenção ao potencial uso medicinal da cannabis como um meio eficaz de alívio dos sintomas associados à artrite reumatoide. 

A cannabis, composta por centenas de compostos químicos, sendo os canabinoides os mais estudados, demonstrou propriedades anti-inflamatórias e analgésicas, podendo desempenhar um papel crucial no manejo dos sintomas da artrite reumatoide. Estudos científicos têm explorado a relação entre os canabinoides e os receptores no sistema endocanabinoide do corpo, que desempenham um papel fundamental na regulação da inflamação e da resposta imune. 

Um estudo publicado na revista "Current Rheumatology Reports" (Relatórios Atuais de Reumatologia) em 2020 revisou evidências pré-clínicas e clínicas sobre o uso de canabinoides na artrite reumatoide. Os resultados sugeriram que os canabinoides podem modular a resposta imune e reduzir a inflamação articular, proporcionando alívio significativo aos pacientes. 

Já um ensaio clínico randomizado publicado no "European Journal of Pain" (Jornal Europeu da Dor) em 2016 avaliou o efeito de um extrato de cannabis em pacientes com artrite reumatoide. O estudo concluiu que o tratamento com cannabis reduziu a dor e melhorou a qualidade de vida dos participantes, sem efeitos colaterais graves. 

Embora a pesquisa esteja em andamento, esses estudos indicam uma promissora relação entre o uso medicinal da cannabis e o alívio dos sintomas da artrite reumatoide. No entanto, é crucial que os pacientes consultem seus profissionais de saúde antes de considerar qualquer forma de tratamento, garantindo uma abordagem abrangente e segura para o manejo da doença. 

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https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7463000/ 

https://www.nature.com/articles/s41419-020-02892-1 

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8873278/ 

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