"Criamos um mercado bilionário e demos na mão do tráfico", afirma advogado durante palestra sobre o uso adulto da cannabis

Composta por três advogados renomados, a ultima mesa do primeiro dia de CBCM debateu o uso adulto e os entraves jurídicos no Brasil

Publicada em 23/05/2024

capa

“Uso adulto: é hora de discutir? Por quê?” Essa foi a pergunta feita e respondida durante a última palestra do módulo Business Cannabis. Durante a sessão, os advogados Emiliano Figueiredo, Rodrigo Mesquita e Roberto Luiz Corcioli, por meio da mediação da jornalista Carolina Apple, discutiram e chegaram à conclusão que sim. Esta é a hora para discutir!

“O ativismo do uso adulto nos trouxe até aqui, foi a luta que acolheu as mães canábicas. A luta pelo uso medicinal é um subproduto do adulto", assim, Apple iniciou a sessão.

Em igualdade ao pensamento da jornalista, os palestrantes trouxeram a importância da pauta durante a construção da pauta canábica.

“A política de drogas que proíbe o uso recreativo das empresas brasileiras surge em 1830, com a Lei do Pito do Pango e perdura até os dias de hoje”, ressalta Emílio.

Trazendo para os dias de hoje, Roberto falou sobre o direito do sujeito em ter o controle do seu próprio corpo “Vemos o Habeas Corpus como principal meio de acesso a cannabis para fins medicinais, mas essa via ainda tem barreiras. Precisamos de uma melhora nos aspectos jurídicos, tanto no auto cultivo medicinal, quanto adulto para avançar na pauta”.

Corcioli, membro do coletivo Repensando a Guerra às Drogas, ainda trouxe a relação da guerra às drogas para o debate. “A gente criou um mercado bilionário e deu nas mãos do mercado ilegal, do tráfico”.  

Em parceria ao colega, Emiliano relatou as várias conversam com palestrantes e congressistas do CBDC sobre o "uso adulto atrapalhar o mercado medicinal", segundo ele, não é possível responder a pergunta, ainda. A verdade é que o setor adulto já existe e é maior que todos os outros

Rodrigo trouxe um caso de HC negado, por conta de informações prestadas pela polícia militar sobre um paciente que em algum momento da vida foi pego portando um baseado.