A Cannabis sativa é uma grande indústria; quem tem preconceito está vivendo em outro planeta
Margarete Akemi: "Estamos falando de um potencial gigante e vamos continuar fechadinhos no negócio de que eu 'fumo'?"
Publicada em 10/07/2024
Margarete Akemi durante palestra no Congresso Brasileiro da Cannabis Medicinal 2024 | Foto: Sechat
O preconceito em relação à cannabis medicinal ainda é uma realidade, gerado principalmente pela desinformação que circula sobre a planta. No Congresso Brasileiro da Cannabis Medicinal e na Medical Cannabis Fair, realizados em maio de 2024 em São Paulo, Margarete Akemi, farmacêutica e coordenadora do Comitê sobre Cannabis do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo, além de membro da Comissão de Trabalho para regulamentar medicamentos à base de canabidiol da Secretaria de Saúde de São Paulo, abordou o tema ao destacar que a planta Cannabis Sativa é uma grande indústria.
"Para quem quer ouvir, esse é o melhor local. Educação e informação são as únicas formas de as coisas darem certo. Informação pontuada e qualificada. Agora, para quem não quer ouvir, vai continuar do mesmo jeito", afirmou Akemi, enfatizando a importância de eventos educacionais para dissipar mitos e desinformações sobre a cannabis.
Akemi ainda destacou a necessidade de se adaptar à realidade de mercado. "Isso mostra para essas pessoas que, se elas não acordarem, estão vivendo em um outro planeta, e não em um planeta novo, onde o hub de negócios está gigante. A Cannabis Sativa é uma indústria agro, indústria de medicamentos, indústria do segmento veterinário, indústria de alimentos, indústria de plástico", disse Akemi.
Ao concluir sua fala, a professora e pesquisadora ressaltou o potencial econômico significativo da cannabis. "Estamos falando de um potencial gigante e vamos continuar fechadinhos no negócio de que eu 'fumo'?"