Oprah Winfrey fala de psicodélicos: destaca mudança cultural, mas teme efeitos alucinógenos
Apresentadora discutiu terapias psicodélicas com Michael Pollan e expressou receios sobre os efeitos dessas substâncias na consciência.
Publicada em 12/03/2025

Oprah Winfrey abordou a crescente aceitação dos psicodélicos em um episódio de seu podcast, destacando seu potencial terapêutico, mas admitindo temer os efeitos dessas substâncias. Como destacou o jornal Marijuana News, a apresentadora conversou com o autor Michael Pollan sobre o avanço das pesquisas e a regulamentação do uso de psilocibina e outras substâncias.
Mudança cultural e potenciais benefícios
Durante a conversa, Winfrey reconheceu que há uma transformação na percepção pública sobre os psicodélicos. “Acho que algo está acontecendo na cultura”, disse a apresentadora, citando o aumento de relatos sobre experiências positivas com essas substâncias. Pollan, conhecido por seu trabalho sobre o tema, ressaltou o avanço significativo das pesquisas desde 2018, destacando que terapias psicodélicas estão ganhando espaço na medicina.
Winfrey comparou os efeitos dos psicodélicos a um nível mais profundo de meditação, sugerindo que essas substâncias podem expandir a consciência e proporcionar novas formas de autoconhecimento.
Preocupações com segurança e regulamentação
Apesar do interesse, Oprah afirmou que temeria experimentar psicodélicos, mencionando o receio de um possível surto psicótico. Ela também alertou para os riscos da falta de regulamentação, comparando o fenômeno ao uso indiscriminado de medicamentos antiobesidade. Segundo a apresentadora, a exploração dessas substâncias sem acompanhamento adequado pode representar um perigo para os usuários.
A apresentadora também mencionou que, embora não tenha experimentado psicodélicos, já fez uso de maconha e, em um episódio de seu programa em 1995, discutiu abertamente sua experiência com crack na juventude. No entanto, ela reforçou que a abordagem dos psicodélicos na terapia deve ser feita com responsabilidade e dentro de um contexto controlado.
No ano passado, Winfrey já havia entrevistado o neurocientista Roland Griffiths sobre o potencial terapêutico dessas substâncias, destacando sua eficácia no tratamento da depressão. Essa nova conversa com Pollan reforça a relevância do tema e evidencia o crescente interesse sobre o uso de psicodélicos na saúde mental.