A paralisia cerebral é uma lesão neurológica causada por danos que ocorrem no cérebro em desenvolvimento e se manifesta principalmente em distúrbios do movimento central e anormalidades posturais, bem como tônus muscular, distúrbios na linguagem, da visão, da audição e dificuldade na ingestão de alimentos.
Existem muitas causas para a ocorrência da paralisia cerebral, que surge antes, durante e dentro de 1 mês após o nascimento da criança. Segundo especialistas, os principais sintomas da paralisia cerebral são:
Anormalidades cromossômicas fetais;
Infecções intrauterinas (as mais comuns são: vírus da rubéola, vírus herpes simplex, toxoplasma gondii, corpos de inclusão de células gigantes etc.);
Exposição à radiação durante a gravidez;
Envenenamento por monóxido de carbono durante a gestação;
Anemia;
Diabetes;
Gravidez múltipla.
Um estudo feito em crianças, com idades de 7 anos a 12 anos, pelo Departamento de Oncologia Pediátrica, Hematologia e Imunologia da Universidade de Dusseldorf, na Alemanha, mostrou bons resultados da aplicação do THC contra os sintomas da doença. Os testes publicados, em 2016 pela revista European Journal of Paediatric Neurology, revelam que durante um período de 180 dias de ingestão do composto, que é antiespasmódico (reduz espasmos), os jovens tiveram a extinção das contrações involuntárias causadas pela patologia, o que para eles, representa grande evolução no tratamento atual dos pacientes. Outro ponto destacado foi que dos 12 pacientes participantes do estudo, apenas 1 apresentou efeitos colaterais provenientes do tratamento.
Pesquisas demonstram que a espasticidade, ou seja, quando os músculos ficam pesados, rígidos e difíceis de mover, é uma das características principais da paralisia cerebral, o que a coloca no mesmo patamar de outras patologias neurológicas como a Esclerose Múltipla.
Sabe-se que diversos estudos comprovam a eficácia de alguns componentes presentes na cannabis como o CBD e, principalmente o THC, contra esse tipo de deficiência. Estudo recente feito por pesquisadores brasileiros e publicado no Brazilian Journal of Development, com base em revisão de literatura por meio da abordagem qualitativa de natureza exploratória sobre o método de revisão bibliográfica, no ano de 2020, concluiu que a utilização terapêutica da Cannabis Sativa ou dos respectivos derivados é conhecida há muitos anos e que, depois de vários estudos o uso do canabidiol foi liberado em algumas condições neurológicas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, inclusive a paralisia cerebral. Dessa maneira, hoje já se encontram nas farmácias de todo país, medicamentos à base de cannabis direcionados especificamente para esse tipo de patologia.
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https://journal.einstein.br/article/efficacy-and-safety-of-medical-cannabinoids-in-children-with-cerebral-palsy-a-systematic-review/
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