A síndrome da ardência bucal, também conhecida como glossodínia ou queilosestesia, é uma condição crônica caracterizada por uma sensação de queimação na mucosa bucal, língua e região oral, sem evidências visíveis de alterações físicas. Esta síndrome pode afetar significativamente a qualidade de vida dos indivíduos, comprometendo suas atividades diárias e interferindo no consumo alimentar e na saúde bucal. Apesar de ser uma condição multifatorial, os sintomas são frequentemente desafiadores de serem tratados, exigindo abordagens terapêuticas inovadoras.
A síndrome da ardência bucal pode atingir diversas faixas etárias, sendo mais prevalente em mulheres, especialmente na pós-menopausa. Os sintomas podem variar em intensidade, indo desde uma leve irritação até uma sensação de queimação intensa e persistente. A etiologia da síndrome é complexa e pode envolver fatores como estresse, ansiedade, distúrbios hormonais e neuropatias periféricas.
Recentes avanços na pesquisa médica têm explorado o potencial terapêutico da cannabis no tratamento de diversos distúrbios, incluindo a síndrome da ardência bucal. Estudos científicos têm sugerido que os compostos ativos da cannabis, conhecidos como canabinoides, possuem propriedades analgésicas, anti-inflamatórias e neuroprotetoras que podem ser benéficas no controle dos sintomas associados a essa síndrome.
Contudo, mais pesquisas são necessárias para oferecer uma base científica para futuras investigações, ressaltando a importância de abordagens terapêuticas inovadoras para melhorar a qualidade de vida dos pacientes afetados por essa condição desafiadora.
