<strong>Ecologia: ONU propõe medidas para reduzir a poluição plástica em 80% até 2040</strong>

As propostas estão no novo relatório publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)

Publicada em 17/05/2023

<strong>Ecologia: ONU propõe medidas para reduzir a poluição plástica em 80% até 2040</strong>

Por El Planteo

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A poluição plástica no mundo pode ser reduzida em 80% se os governos desenvolverem uma série de "mudanças profundas" legislativas e legais propostas em um novo relatório publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), com sede em Nairóbi.

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“A forma como produzimos, utilizamos e eliminamos os plásticos está a poluir os ecossistemas, a criar riscos para a saúde humana e a desestabilizar o clima”, afirmou esta terça-feira o diretor executivo desta agência das Nações Unidas, Inger, Andersen.

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O documento, intitulado “Desligar a torneira: como o mundo pode acabar com a poluição plástica e criar uma economia circular”, pretende ser uma “bússola” para os governos e “apoia-se apenas em tecnologias e soluções que já existem, mas que requerem uma análise urgente e ação simultânea que ultrapassa fronteiras”, segundo a agência.

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O PNUMA alertou que “um atraso de cinco anos (na aplicação dessas medidas) pode levar a um aumento de 80 milhões de toneladas” de poluição plástica até 2040.

Além da eliminação de plásticos desnecessários para “reduzir o desperdício na fonte”, o relatório propõe três “mudanças no mercado” como solução: reutilizar, reciclar e, da mesma forma, reorientar e diversificar os materiais.

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No mesmo sentido, diferentes medidas poderiam aumentar os benefícios econômicos da reciclagem, destaca o relatório: desde a retirada dos subsídios aos combustíveis fósseis que barateiam os novos plásticos até a proibição de plásticos difíceis de reciclar ou produtos químicos "perigosos".

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No entanto, mesmo que essas medidas sejam implementadas, até 2040 ainda haverá cerca de 100 milhões de toneladas de plásticos de uso único para gerenciar, o equivalente a 30.000 quilômetros de lixo em linha reta ou a distância de ida e volta entre Nova York e Sydney.

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Este novo relatório do PNUMA assume especial importância ao ser publicado pouco antes do início em Paris, em 29 de maio, da segunda reunião do Comitê Intergovernamental de Negociação sobre um tratado vinculante para combater a poluição plástica.

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A comissão surgiu em fevereiro passado a partir da V Assembleia da ONU para o Meio Ambiente (UNEA-5), realizada na capital queniana.

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Nesse fluxo, já se sabe, por exemplo, que o plástico de cânhamo, é por outro lado, extremamente útil e conveniente por vários motivos:

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  • Não tem ‘'enos'. Tolueno, benzeno etc. Esses tipos de coisas são os subprodutos mais tóxicos dos plásticos produzidos a partir de hidrocarbonetos”.
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  • O plástico de cânhamo pode ser projetado para se biodegradar em compostos muito menos nocivos do que aqueles provenientes de plásticos à base de hidrocarbonetos.
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  • Podem ter campos, acres e acres de fazendas de cânhamo que processam o dióxido de carbono da atmosfera. Isso é o que as plantas fazem. Assim, o carbono do CO2 na atmosfera é usado para criar os plásticos. Quando são aterrados porque não são mais úteis, eles se biodegradam, devolvendo carbono à terra (conforme sugerido por dados anedóticos e pesquisas iniciais). Então, essencialmente é carbono negativo, tirando o carbono da atmosfera e colocando-o de volta na Terra.
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