<strong>Epilepsia e cannabis medicinal</strong>

Milhões de pessoas em todo o mundo têm a condição da epilepsia que causa movimentos musculares involuntários

Publicada em 26/04/2023

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Por Cindi Mello

A epilepsia,  condição neurológica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo,  caracteriza-se por episódios de atividade elétrica anormal no cérebro que resultam em movimentos musculares involuntários, sensações estranhas ou perda de consciência. Existem vários tipos de epilepsia, cada um com diferentes causas e sintomas. Algumas pessoas têm convulsões apenas ocasionalmente, enquanto outras  várias por dia. A doença afeta todas as idades e pode ter um impacto significativo na qualidade de vida e nas atividades diárias dos pacientes. 

Normalmente é tratada com medicamentos tradicionais, porém alguns pacientes não respondem a esses tratamentos ou sofrem efeitos colaterais indesejados. Nos últimos anos vemos a cannabis medicinal emergindo como tratamento coadjuvante para essa doença.

A cannabis é derivada da planta da maconha e contém compostos químicos conhecidos como canabinoides. Sendo o  CBD (canabidiol) e THC (tetrahidrocanabinol) os mais estudados. A planta oferece vários benefícios  especialmente para as pessoas  que não respondem bem a medicamentos tradicionais ou que sofrem efeitos colaterais indesejados, como por exemplo.

Cindi Daniele Oliveira de Mello é médica e prescritora de Cannabis desde novembro 2020.

1- Redução da frequência de convulsões: Com propriedades antiepilépticas, o  CBD, um dos principais compostos da cannabis medicinal, pode reduzir significativamente a frequência de convulsões em pacientes com epilepsia. 2- Melhora da qualidade de vida: A cannabis medicinal pode ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas com epilepsia ao reduzir a frequência de convulsões e outros sintomas associados à condição.

3- Menos efeitos colaterais: Muitos medicamentos tradicionais usados ​​para tratar a epilepsia podem causar efeitos colaterais indesejados, como fadiga, sonolência e problemas de memória. A cannabis medicinal oferece uma  alternativa com menos efeitos colaterais.

4- Tratamento de outras condições: Além da epilepsia, a cannabis medicinal também trata  outras condições que muitas vezes coexistem com a epilepsia, como ansiedade, depressão e dor crônica, ajudando, desse modo a  melhorar o dia a dia  dos pacientes de uma forma geral.

É importante notar que a cannabis medicinal não é uma cura para a epilepsia e não se trata de uma panaceia. Além disso, o seu uso pode ter efeitos colaterais, por isso é importante conversar com um médico e pesquisar cuidadosamente os riscos e benefícios antes de começar qualquer tratamento.