Mandetta volta atrás e se posiciona contra o plantio de cannabis medicinal

O ministro da Saúde disse que o plantio é desnecessário, e apontou a importação de substâncias como solução para os casos médicos que dependem dos derivados da maconha

Publicada em 22/08/2019

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Na última quarta-feira (21), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que é contrário ao plantio de cannabis no Brasil para fins medicinais e científicos. “Seria uma droga a mais para lutar. Já temos o álcool, o tabaco, que são drogas lícitas e a gente tem que lidar com os malefícios”, afirmou.

A declaração de Mandetta ocorre depois do ministro da Cidadania, Osmar Terra, e o presidente Jair Bolsonaro, se posicionarem contra uma regulamentação em análise na Anvisa, a qual propõe liberar o cultivo da maconha para elaboração de medicamentos e pesquisas. Antes disso, Mandetta havia afirmado que não via problemas na proposta da agência, desde que ela seguisse princípios e descobertas científicas.

Atualmente pode-se solicitar à Anvisa uma autorização para importar os produtos que utilizam esses derivados. Entretanto, o custo é muito alto, e o plantio em solo brasileiro seria uma maneira de baratear os tratamentos, o que vai contra o pronunciamento de Mandetta.

O ministro disse que o plantio é desnecessário, e apontou a importação de substâncias como solução para os casos médicos que dependem dos derivados da maconha. Em relação a posição de Terra, Mandetta enfatiza que o Ministério da Saúde discute o tema sob um outro ponto de vista: “Osmar (Terra) travou uma luta com a questão das drogas. O que nos interessa no ministério é outro ponto. Médicos precisam disso?”