Certificados de importação e exportação de cannabis medicinal estão mais rigorosos em Portugal
Infarmed cria novas regras e reforça exigências nos processos e preocupa setor
Publicada em 06/06/2025

Imagem: Canva Pro
O Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. que desempenha função semelhante à Anvisa no Brasil – publicou novos requisitos para a emissão de certificados de importação e exportação de cannabis medicinal.
Atualmente, Portugal conta com 50 empresas licenciadas para exportação e 49 para importação de substâncias e preparações à base da planta de cannabis.
Por que o Infarmed mudou os requisitos?
O aumento exponencial de pedidos e a falta de capacidade de resposta do Infarmed estão entre os fatores que levaram à atualização dos critérios.
Entre as novas exigências está a obrigatoriedade de comprovar a qualificação das entidades envolvidas na importação ou exportação (exceto na importação de clones). O objetivo é reforçar os controles existentes e garantir que a cannabis para fins medicinais seja comercializada legalmente.
Além disso, passa a ser exigido o certificado de análise no momento da solicitação de importação.
Infarmed justifica: novas regras buscam agilidade
Segundo o próprio Infarmed, parte dessas informações já vinha sendo solicitada desde março de 2025. Em nota ao portal CannaReporter®, a entidade afirmou:
“Esta atualização visa melhorar a gestão do volume crescente de pedidos de emissão de certificados de importação e exportação que têm vindo a ser recepcionados desde o início de 2025.”
De acordo com o site do Infarmed, os modelos de requerimento atualmente em vigor são:
Certificado de importação de cannabis para fins medicinais
Certificado de exportação de cannabis para fins medicinais
Esses documentos devem ser submetidos via portal Lic+, em formato PDF.
Conteúdo publicado originalmente por Laura Ramos, repórter do CannaReporter em 05 de junho de 2025