Doença Inflamatória Intestinal (DII): cannabis medicinal foi eficaz em novo estudo no Reino Unido

Pesquisa revela que medicamentos à base de cannabis ajudam a aliviar sintomas de DII, melhorando a qualidade de vida e o bem-estar dos pacientes.

Publicada em 06/01/2025

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Imagem ilustrativa: IA

Pacientes diagnosticados com Doença Inflamatória Intestinal (DII) relataram melhorias significativas na qualidade de vida após o uso de medicamentos à base de cannabis, de acordo com dados do Registro de Cannabis Medicinal do Reino Unido. O estudo, conduzido por cientistas do Imperial College London e da Curaleaf, foi publicado no periódico Expert Review of Gastroenterology & Hepatology e apresentou resultados promissores.


Alívio dos sintomas e sensação de bem-estar
 

A pesquisa acompanhou 116 pacientes ao longo de 18 meses, utilizando questionários para medir sintomas de DII, qualidade do sono, ansiedade e qualidade de vida. Os resultados indicaram melhorias em todas as métricas avaliadas, com 25,86% dos pacientes apresentando progressos clinicamente significativos nos sintomas de DII.

Os autores destacaram que pacientes com ansiedade grave e que receberam doses mais altas de THC apresentaram os melhores resultados. Além disso, a cannabis demonstrou ser uma alternativa viável aos tratamentos tradicionais, que frequentemente causam efeitos colaterais adversos.


Comparação com estudos anteriores
 

Os resultados estão alinhados com estudos semelhantes, como uma pesquisa com pacientes de Crohn, que mostrou remissão em 45% dos casos após oito semanas de tratamento com cannabis. No grupo placebo, a taxa foi de apenas 10%.

Apesar das evidências positivas, os cientistas alertam que a causalidade não pode ser confirmada e recomendam a realização de maiores ensaios clínicos randomizados para validar os achados.

Em dezembro de 2024, outro estudo, publicado no periódico MDPI, revelou impactos da cannabis na microbiota intestinal. “Em humanos, há evidências que sugerem que a cannabis afeta o microbioma. Os efeitos modulatórios demonstrados no intestino são tanto na permeabilidade da barreira intestinal quanto na abundância do microbioma intestinal”, ele conclui. A pesquisa abordou diversas patologias e ao fim ponderou que a eficácia da cannabis para cada caso pode depender da dose utilizada.


Caminhos para o futuro
 

A DII, que inclui condições graves como a doença de Crohn, continua sendo um desafio no campo da gastroenterologia. A cannabis medicinal surge como uma alternativa promissora para aliviar sintomas e melhorar a qualidade de vida de pacientes que não encontram alívio nos tratamentos convencionais.


Os resultados do estudo reforçam a necessidade de mais pesquisas e podem influenciar políticas públicas sobre o uso de cannabis medicinal para condições crônicas.

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Fonte: Leafie