Elon Musk abre as portas do Twitter para anúncios de cannabis

Por redação Sechat

Apenas alguns meses após comprar o Twitter por US $44 bilhões, Elon Musk deu seu maior passo, até agora, em apoio à indústria da cannabis ao abrir seu serviço de mídia social para receber anúncios de cannabis - ao contrário de qualquer plataforma concorrente.

Na quarta-feira (15), as políticas do Twitter foram atualizadas para permitir que empresas licenciadas relacionadas à cannabis exibam os anúncios – com restrições – em estados norte-americanos onde a publicidade da planta é permitida. 

“A partir de hoje, em alguns estados dos EUA, tomamos medidas para relaxar nossa  política de anúncios de cannabis  para criar mais oportunidades para o marketing responsável de cannabis – o maior passo em qualquer plataforma de mídia social”, afirmou em nota Alexa Alianiello, responsável pelas vendas de anúncios e parcerias nos EUA para Twitter.

As novas regras são, de longe, a maior adoção de anúncios de maconha por uma plataforma digital. Diferentemente de outras grandes companhias de mídia social, como a Meta, controladora do Facebook e do Instagram, que há muito tempo barra estes tipos de propagandas, o Twitter de Elon Musk deu um grande passo. 

As regras mais flexíveis do Twitter surgem à medida que mais estados legalizaram as vendas de maconha nos EUA. Atualmente, o uso adulto de cannabis é legal em 21 estados, contudo, permanece ilegal em âmbito federal. 

A decisão do Twitter também ocorre no momento em que a indústria da cannabis enfrenta uma grave turbulência econômica que está derrubando os preços das ações de muitas empresas de capital aberto e levando outras à falência.

Diversas empresas do setor, incluindo lojas de varejo e atacadistas, estão sofrendo devido à concorrência de vendedores ilegais e ao alto custo de fazer negócios.

Ainda assim, o impacto da mudança de política do Twitter não está claro. As novas regras vêm com restrições que limitam significativamente os tipos de anúncios permitidos, a ponto de a maioria dos anúncios ainda ser proibida no serviço.

“O espaço da cannabis no Twitter é divertido e envolvente com os usuários que twittam sobre suas experiências com o uso da planta – seja medicinalmente, para bem-estar ou para consumo adulto – além de recomendar marcas, produtos e locais de varejo. A conversa também reflete para onde a indústria da cannabis está indo atualmente: reforma legislativa/política, desenvolvimento de negócios e impacto na comunidade”, concluiu Alexa Alianiello.