Por Redação Sechat com informações de El Planteo

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A transformação de mentalidade e a instrução auxiliaram os cidadãos dos Estados Unidos a adquirirem um conhecimento mais aprofundado sobre a cannabis nos últimos anos. A ligação entre o câncer de pulmão e o consumo de tabaco foi identificada já em 1953.

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Somente aqueles que lucravam com a indústria do tabaco tinham um entendimento completo de seus danos, porém isso era mantido de forma discreta. Com o decorrer das décadas, cada vez mais indivíduos ao redor do mundo reconheceram a periculosidade e letalidade desse hábito, anteriormente considerado elegante.

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Atualmente, a utilização de tabaco está em declínio. Uma pesquisa da Gallup em 2022 revelou que a porcentagem de adultos norte-americanos que ainda fumam alcançou a mínima histórica de 12%.

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Conforme a pesquisa, entre 2001 e 2003, cerca de 35% dos adultos com idades entre 18 e 29 anos admitiram fumar cigarros. A Gallup acrescenta que, em 2012, os jovens adultos ainda fumavam cigarros, mas esses números diminuíram de 2013 a 2015, de forma semelhante às taxas de tabagismo na faixa etária de 30 a 49 anos.

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Os dados agregados foram extraídos do levantamento anual de hábitos de consumo da Gallup, realizado anualmente desde 2001, com exceção do ano de 2020. Agora, 13% dos homens e 12% das mulheres fumam cigarros, indicando uma diminuição significativa.

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Atualmente, a maconha já se integrou à cultura predominante e é geralmente mais aceita como parte do estilo de vida ou usada com propósitos medicinais. Apesar disso, ainda há muitos que acreditam que a maconha é mais perigosa do que o tabaco, mesmo diante de estudos científicos sólidos que apontam seus benefícios à saúde.

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Entretanto, essa percepção parece estar mudando, finalmente.

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Por que os EUA consideram a maconha mais segura do que o tabaco?

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Uma nova pesquisa de Beth Cohen, cujos resultados foram divulgados no JAMA Network Open, entrevistou 5.000 adultos. A média de idade dos participantes foi de 50 anos, e eles foram indagados sobre suas opiniões em relação à segurança de fumar maconha comparada ao tabaco, além de serem questionados se consideravam perigoso o fumo passivo de qualquer uma das substâncias.

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O estudo foi conduzido em 2017, 2020 e novamente em 2021. Os resultados revelaram que um número crescente de pessoas estava alterando suas perspectivas em relação à cannabis e agora tendia a visões mais positivas. Em 2021, mais de 44% dos entrevistados acreditavam que a maconha era mais segura, enquanto 25,5% acreditavam que os cigarros eram mais seguros. Além disso, mais de 40% dos participantes consideravam que fumar maconha era mais seguro, enquanto 23% optavam pelo tabaco.

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A pesquisa também constatou que as pessoas entre 18 e 29 anos, os jovens adultos, eram mais propensos a acreditar na segurança da maconha em comparação com aqueles com mais de 60 anos.

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"A pesquisa publicada sugere de fato que há uma considerável sobreposição em termos de toxinas e carcinógenos tanto na fumaça do tabaco quanto na fumaça da maconha", afirma o Dr. Cohen, também professor de medicina na Escola de Medicina de São Francisco, Universidade da Califórnia. "O que aprendemos nos últimos anos parece ser mais preocupante, não menos", ele acrescenta.

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Ele então esclarece algo que muitos não compreendem: "Acredito que um dos equívocos é que os cigarros são prejudiciais devido a uma grande quantidade de produtos químicos, e isso é absolutamente verdade. Isso acontece em parte porque eles são prejudiciais. Porém, na realidade, muitos dos danos dos cigarros ocorrem simplesmente porque são materiais que queimam e a fumaça é inalada", explica. Cohen acrescenta que qualquer substância fumada atinge os pulmões.

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Alguns estudos clínicos indicam que fumar maconha é mais seguro do que fumar tabaco. Afinal, é bem estabelecido que o tabagismo é notório por causar danos graves aos pulmões, doença pulmonar obstrutiva crônica e câncer de pulmão.

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De fato, um dos maiores e mais antigos estudos realizados até hoje ocorreu em 2012. Esse amplo estudo nacional foi conduzido pela Universidade da Califórnia em São Francisco, juntamente com pesquisadores da Universidade do Alabama em Birmingham. Eles analisaram dados de mais de 5.000 adultos norte-americanos ao longo de 20 anos. Para a pesquisa, a taxa de fluxo de ar, ou seja, a velocidade com que as pessoas conseguem expelir o ar, foi medida junto com o volume pulmonar.

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"Basicamente, com o tabaco, quanto mais você fuma, mais sua capacidade em ambos os indicadores diminui, tanto o fluxo de ar quanto o volume pulmonar", explica Stefan Kertesz, MD, M.Sc., último autor do artigo. "Há uma relação linear: quanto mais você fuma, mais perde". Eles descobriram que o contrário era verdadeiro em relação à maconha; notaram um aumento na taxa de fluxo de ar com o aumento da exposição, ao contrário do que ocorreu com o tabaco.

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"Descobrimos exatamente o que esperávamos em relação à exposição ao tabaco: uma perda consistente da função pulmonar à medida que a exposição aumenta", explica Mark Pletcher, MD, MPH, autor principal do estudo e professor associado da Divisão de Epidemiologia Clínica da Universidade da Califórnia em São Francisco. "No entanto, ficamos surpresos ao encontrar um padrão tão diferente de associação com a exposição à maconha".

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No entanto, é importante lembrar que os pesquisadores estudaram níveis baixos a moderados de tabagismo. Aqueles que fumam maconha de forma regular podem considerar opções mais seguras para proteger seus pulmões, como vaporização, produtos comestíveis ou óleos de cannabis.