Vencedor da premiação de trabalhos científicos realizada durante o Congresso Brasileiro da Cannabis Medicinal, o artigo "Estudos in vitro e in vivo de Indução de Apoptose em Mieloma Múltiplo por óleo de Cannabis", destacou que 20 mg por quilo de cannabis no tratamento da Leucemia é 75% eficiente, enquanto o tratamento convencional, com Doxorubicin é 0%.

A pesquisa foi desenvolvida pela farmacêutica formada no Líbano, Marissa El Hajje. Atualmente, doutoranda na USP (Universidade de São Paulo), ela explica que o objetivo do estudo foi investigar a propriedade anticancerígena da cannabis no tratamento da leucemia, um câncer que ocorre na formação das células sanguíneas, dificultando a capacidade do organismo de combater infecções.

Durante a produção da pesquisa, realizada in vitro e in vivo, foi analisada a curva de sobrevivência de dois grupos controles, um que utilizava  medicamentos à base da cannabis e outro realizando quimioterapia convencional, ambos os grupos portadores de leucemia. “o efeito da cannabis é superior a quimioterapia convencional disponível no mercado”, destaca a farmacêutica.

Como resultado, o estudo ainda encontrou uma diminuição significativa no inchaço do baço humano, que normalmente chega a 0,13 gramas, por conta da Leucemia e, com o tratamento com cannabis, teve um inchaço de apenas 0,06 gramas. Números que deixaram repórter do Portal Sechat, João Negromonte, “impressionado” e “boquiaberto”, durante sua conversa com Marissa.

Por fim, a pesquisadora destacou a importância de estar presente em um espaço como o CBCM. Um evento que, segundo ela, permite aos pesquisadores descobrirem novos produtos, estudos e olhares quanto ao tratamento com cannabis medicinal.