Usuários de cannabis nos EUA buscam lanches mais saudáveis, aponta pesquisa
Estudo revela que maioria tenta evitar junk food durante a larica; frutas e smoothies ganham espaço
Publicada em 09/04/2025

Imagem ilustrativa: Canva Pro
A imagem clássica do “maconheiro que só come besteira” está sendo deixada para trás nos Estados Unidos. Segundo uma pesquisa da empresa de estudos de comportamento CBD Oracle, divulgada nesta terça-feira (8), 63% dos consumidores adultos de cannabis afirmaram que tentam escolher opções mais saudáveis quando estão sob efeito da planta.
O levantamento, realizado com mil pessoas, aponta que 1 em cada 4 entrevistados prefere frutas, saladas ou smoothies como lanches durante a larica. Entre os usuários diários, o número salta para 71%.
“As pessoas assumem que a cannabis automaticamente leva a ataques de junk food, mas a maioria dos usuários — especialmente os regulares — está tentando comer de forma mais inteligente”, afirmou Houman Shahi, diretor editorial da CBD Oracle.
Larica saudável e culpa alimentar
Apesar da tentativa de manter uma alimentação equilibrada, a pesquisa também revelou os impactos da larica na relação com a comida:
- 53% disseram que o aumento do apetite atrapalha metas de peso e nutrição;
- 43% relataram sentir culpa após lanches excessivos;
- O gasto médio com lanches durante a larica é de US$ 10 por sessão — o que pode ultrapassar US$ 70 por semana entre usuários frequentes.
O relatório também destaca os alimentos mais consumidos: pizza, salgadinhos e sorvete ainda lideram, mas há espaço para criatividade. Entre os relatos mais inusitados estão picles com calda de chocolate, manteiga de amendoim e até cobertura de bolo. Um dos entrevistados confessou ter comido uma barra de chocolate Reggie colecionável de 30 anos.
Mudança de hábitos
O relatório completo, disponível no site da CBD Oracle, mostra que o perfil do consumidor de cannabis está mudando. A busca por equilíbrio entre prazer e saúde agora faz parte da rotina de boa parte dos usuários — uma tendência que pode impactar desde a indústria alimentícia até as políticas públicas de saúde.