Pesquisadores da Universidade Cornell estão empregando uma verba de US$ 2 milhões para desenvolver variedades de cânhamo adequadas ao clima e latitudes dos Estados Unidos. Comandada por Larry Smart, professor da Escola de Ciência Integrativa de Plantas da instituição de ensino, a pesquisa se concentra na compreensão do fotoperiodismo, o período de luz necessário para diferentes estágios de crescimento do cânhamo. 

O desafio reside nas latitudes mais baixas dos EUA, onde o fotoperiodismo é um obstáculo para o cultivo bem-sucedido de variedades da subespécie de cannabis vindas do Canadá e da Europa. Estas tendem a resultar em menores rendimentos devido aos dias mais curtos, um problema particular nas regiões subtropicais, como a Flórida, onde os dias são “menores”.  

A pesquisa visa criar variedades de cânhamo adequadas para produção de grãos, fibras e canabinoides, e é financiada por doações da Fundação para Pesquisa Alimentar e Agrícola (FFAR) e parceiros correspondentes. 

“As descobertas podem ter amplas aplicações em programas de melhoramento de cânhamo em todo o país. Além disso, a pesquisa pode oferecer uma alternativa valiosa para os agricultores em áreas que tradicionalmente cultivaram tabaco”, destacam os autores da pesquisa.  

A Universidade Cornell mantém o único banco de sementes de cânhamo nos EUA, tornando-se uma parte crucial deste empreendimento pioneiro.