Cannabis: de planta milenar a oportunidade para o agro brasileiro

Descubra no Guia Sechat a trajetória milenar da cannabis e seu potencial para saúde, economia e agronegócio. Um conteúdo histórico, científico e exclusivo que você precisa conhecer

Publicada em 16/09/2025

Cannabis: de planta milenar a oportunidade para o agro brasileiro

Muito além dos debates atuais, a cannabis acompanha a humanidade há milênios e pode se tornar um motor de inovação sustentável no Brasil | CanvaPro

Muito antes de ser tema dos debates contemporâneos sobre saúde e economia, a cannabis já fazia parte da vida humana há milênios. Suas fibras, sementes e propriedades medicinais atravessaram impérios, navegações e revoluções industriais. No século XXI, o Brasil revisita essa trajetória, discutindo possibilidades de cultivo e explorando o potencial agrícola e econômico da planta.


Da tradição às navegações


Segundo o Ebook Sechat 2024, que reúne pesquisa histórica e científica sobre a planta, os primeiros registros de uso da cannabis datam de mais de 10 mil anos, quando civilizações asiáticas já utilizavam suas fibras para roupas e cordas. No Egito Antigo, ela aparecia em rituais religiosos e fórmulas medicinais.


No Brasil, a chegada está ligada à colonização: as cordas das caravelas portuguesas que aportaram em 1500 eram feitas de cânhamo, espécie de cannabis com baixo teor de THC. 

Poucas décadas depois, sementes trazidas por pessoas escravizadas da África foram cultivadas em solo nacional, inaugurando sua história local. Em 1656, o rei D. João V chegou a incentivar oficialmente a produção, reconhecendo seu valor industrial.


Da glória ao estigma


O Guia Sechat também relembra que, no século XIX, médicos brasileiros prescreviam extratos de cannabis para tratar bronquite, asma e insônia. No entanto, a partir dos anos 1930, sob forte influência da política proibicionista dos Estados Unidos, liderada por Harry Anslinger, a planta passou a ser criminalizada. Esse estigma cruzou fronteiras e impactou diretamente a legislação brasileira e de outros países latino-americanos.


Agro brasileiro e novos horizontes


Ainda de acordo com o Ebook, o cânhamo pode ser aproveitado em mais de 25 mil aplicações industriais, de papéis e têxteis a biocombustíveis, plásticos biodegradáveis e alimentos. Estudos de mercado, como os da Kaya Mind e da New Frontier Data, apontam que, só no primeiro ano de regulamentação, o setor poderia movimentar até R$ 4,9 bilhões no Brasil.


Além do impacto econômico, a versatilidade da planta dialoga com urgências ambientais: requer menos água que o algodão, contribui para a recuperação de solos degradados e captura mais CO₂ por hectare do que muitas culturas agrícolas.


Entre passado e futuro


Do Egito Antigo às plantações do futuro, a cannabis sempre esteve presente na história da humanidade. Agora, além de remédio e símbolo cultural, desponta como oportunidade estratégica para o agronegócio e para a inovação sustentável no Brasil.
 

Para mergulhar na linha do tempo completa da planta e compreender seu potencial econômico e social, confira na íntegra o Guia Sechat da Cannabis.