Cannabis para descontaminar solos em Portugal
Projeto da Confraria Internacional da Cannabis propõe solução inovadora para área degradada na Praia de Vitória, em Açores
Publicada em 04/03/2024
A presidente da Confraria Internacional da Cannabis em Portugal, Graça Castanho, apresenta uma proposta inovadora para lidar com a contaminação por resíduos químicos na Praia de Vitória, região dos Açores.
Após décadas de contaminação causada por uma petrolífera norte-americana instalada na região na década de 80, o solo e o lençol freático local foram afetados por altos níveis de metais pesados, resultando em uma crise ambiental de grandes proporções.
Entenda o caso: https://arquivos.rtp.pt/conteudos/relatorio-sobre-a-contaminacao-na-praia-vitoria/
Diante desse desafio, o cânhamo emerge como uma solução promissora. Reconhecido por suas propriedades fitorremediadoras, a planta possui a capacidade única de absorver impurezas do solo e promover sua descontaminação. Graça Castanho destaca a eficácia global do cânhamo em projetos referência na ciência sobre o tema, especialmente em áreas degradadas pela mineração, e questiona por que não aplicar essa prática na Praia de Vitória.
“Além de sua função ambiental crucial, o cânhamo oferece uma infinidade de possibilidades comerciais e industriais. Com mais de 25 mil produtos e subprodutos derivados, é uma fonte versátil e sustentável de insumos para diversas indústrias”, destaca Graça.
Ela explica ainda, que a Confraria Internacional da Cannabis tem como objetivo principal educar e disseminar o conhecimento sobre os benefícios da inclusão do cânhamo na alimentação e na indústria através de seus derivados, fomentando e abordando aspectos importantes sobre suas utilizações.
Diante da urgência em restaurar a saúde ambiental da Praia de Vitória e de promover práticas sustentáveis, o projeto representa não apenas uma solução viável, mas também uma oportunidade para impulsionar a economia local e globalmente.
“É hora de abraçar a cannabis como uma aliada na recuperação ambiental e no desenvolvimento sustentável de Portugal”, conclui a especialista.