Da história aos perigos atuais: explorando o mundo dos canabinoides sintéticos
Entenda as diferenças, riscos e benefícios destas substâncias criadas em laboratório
Publicada em 28/09/2023
![capa](/_next/image?url=https%3A%2F%2Fsechat-assets.s3.amazonaws.com%2FDa_historia_aos_perigos_atuais_explorando_o_mundo_dos_canabinoides_sinteticos_4fb984a7d6.jpg&w=1920&q=75)
![](https://sechat.com/wp-content/uploads/2023/09/Banner-Sechat-900x90px-10-9.png)
Os canabinoides sintéticos, conhecidos por nomes como K, especiarias ou até mesmo "erva dappou" no Japão, são substâncias químicas criadas pelo homem que interagem com o sistema endocanabinóide do corpo de maneira semelhante aos canabinoides naturais encontrados na planta de cannabis. No entanto, é importante destacar que, apesar do nome, eles frequentemente têm efeitos imprevisíveis e, em muitos casos, podem ser perigosos e até mortais.
Ouça a explicação da farmacêutica Géssica Miranda, especialista em toxicologia clínica e forense com amplo conhecimento em cannabis:
História dos canabinoides sintéticos
![](https://sechat.com/wp-content/uploads/2023/09/WhatsApp-Image-2023-09-27-at-17.06.22-2-682x1024.jpeg)
Segundo Géssica, a história dos canabinoides sintéticos remonta à década de 1960, com o desenvolvimento do primeiro deles, a Nabilona. Desde então, várias outras substâncias sintéticas foram criadas e utilizadas em alguns fármacos. Contudo, fabricantes frequentemente modificam as moléculas para contornar as leis e regulamentações, tornando ainda mais difícil prever seus impactos.
Entre os canabinoides sintéticos mais comuns estão o HU-210, o JWH-018 e o 5F-ADB. O JWH-018, em particular, é considerado três vezes mais potente que o THC, o principal componente psicoativo da cannabis, o que o torna popular, mas também perigoso. O 5F-ADB, por outro lado, é associado a diversas mortes e graves efeitos colaterais, incluindo confusão, colapso e perda de consciência.
É importante ressaltar, no entanto, que existem versões legais de formas sintéticas do THC, como o Dronabinol, utilizado para aumentar o apetite em pacientes com a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) e a Nabilona, usado para tratar náuseas, vômitos e falta de apetite causada pela quimioterapia em pacientes que não respondem ao tratamento convencional.
No entanto, esses medicamentos diferem dos canabinoides sintéticos ilegais, pois são regulamentados e usados para fins médicos específicos. Em contraste, os canabinoides sintéticos ilegais representam um grave risco à saúde pública devido à falta de regulamentação e à imprevisibilidade de seus efeitos. Portanto, é fundamental que as pessoas entendam a diferença entre canabinoides sintéticos e naturais e evitem o uso de produtos não regulamentados.