Os varejistas de THC no Texas estão observando um aumento significativo no número de clientes diante da possibilidade de uma proibição total dos produtos à base de cannabis. A medida, defendida pelo vice-governador Dan Patrick, poderá retirar das prateleiras substâncias como delta-8 e delta-9 THC, impulsionando a busca por estoques antes que a legislação entre em vigor.

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Consumidores preocupados com perda de acesso

Scott Stubbs, presidente da Sublingwell Brands, relatou um crescimento expressivo no movimento de suas três lojas na Grande Houston. Segundo ele, os clientes estão preocupados em perder acesso a produtos que auxiliam no tratamento de diversas condições de saúde, como inflamação, problemas respiratórios e transtornos mentais.

"Temos muitos veteranos que dependem desses produtos. Um deles me disse: ‘Não sei como vou sair da cama sem isso’", afirmou Stubbs.

Legislação ainda não foi protocolada

A proposta de Patrick, o Senate Bill 3, ainda não foi formalmente apresentada, mas será patrocinada pelo senador Charles Perry. O projeto visa proibir todas as formas de THC, com exceção dos produtos autorizados pelo Compassionate Use Program, que permite o uso medicinal restrito da cannabis.

Atualmente, a lei texana permite a comercialização de cânhamo com até 0,3% de THC, incluindo canabinoides como delta-8 e delta-9, além do CBD, que não possui efeitos psicoativos.

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Defensores pedem regulamentação, não proibição

Heather Fazio, diretora do Texas Cannabis Policy Center, defende que, ao invés de uma proibição total, o estado deveria fortalecer a regulamentação existente. Ela sugere medidas como restrições de idade, regras de embalagem e padrões publicitários, além de mais recursos para fiscalização.

"Sabemos que um mercado regulamentado é mais seguro do que o mercado ilícito. Os produtos são testados, e há responsabilidade na rotulagem e no cumprimento de normas estaduais e federais", destacou Fazio.

Desde a aprovação da comercialização de cânhamo em 2019, a indústria de cannabis do Texas movimenta bilhões de dólares e sustenta milhares de negócios. Com a possibilidade de proibição, especialistas alertam que os consumidores poderão recorrer ao mercado ilegal, onde não há controle de qualidade nem garantias de segurança.

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