"Impressionante o negócio", diz Luciana Gimenez sobre mercado de cannabis em Nova York

O mercado de cannabis legal em Nova York cresce, gerando bilhões; especialista enxerga potencial semelhante no Brasil com regulamentação

Publicada em 25/01/2025

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Imagem: Canva Pro

Durante suas férias em Nova York, nos Estados Unidos, Luciana Gimenez visitou uma loja de produtos à base de cannabis. "Aqui em Nova York, cannabis, vulgo maconha, é legalizada. Você entra, precisa de um documento de identificação (ID) e pode comprar o que quiser: maconha para dormir, para acordar, chá de maconha e remédio para ansiedade", disse a apresentadora e empresária em suas redes sociais.

Segundo Luciana, todas as ruas possuem um padrão semelhante: "Há um lugar para fazer as unhas, um restaurante para tomar café e uma loja para comprar maconha." Ela também ressaltou que, embora os impostos sobre os produtos sejam altos, há fácil acesso a diversos tipos de itens. “Impressionante é o negócio”, comentou.

Nos últimos 10 anos, o uso adulto de cannabis em Nova York teve um crescimento significativo. De acordo com o Office of Cannabis Management (OCM), 19% dos novos-iorquinos consumiram cannabis anualmente (aumento de 30%) e 12% serão recebidos mensalmente (aumento de 43%). Além disso, 67% dos consumidores obtiveram uma planta por meio de varejo legalizada, demonstrando uma confiança crescente no mercado regulamentado.

 

Resultados econômicos da cannabis em Nova York

 

Em 2024, a indústria de cannabis em Nova York ultrapassou a marca de US$ 1 bilhão em vendas. O Relatório Anual da OCM revelou que, entre os anos fiscais de 2023-2024 e 2024-2025, mais de 5.250 licenças foram emitidas ou aprovadas provisoriamente. As vendas no varejo geraram US$ 757,8 milhões em 2024, além de US$ 80,2 milhões em impostos no ano fiscal de 2023-2024, e US$ 67 milhões até a metade do ano fiscal de 2024-2025.

 

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Para alcançar esses números, o estado intensificou a fiscalização contra o comércio ilegal. Em agosto de 2024, mais de 6.000 libras de produtos ilícitos, avaliadas em US$ 22 milhões, foram apreendidas. Desde a ampliação dos poderes de fiscalização pelo governador Hochul, 779 lojas ilegais foram fechadas.

 

Impacto da legalização no mercado brasileiro

 

O potencial do mercado de cannabis no Brasil também desperta interesse. De acordo com a Kaya Mind, após quatro anos de regulamentação nos mercados de cannabis medicinal e cânhamo, o setor pode gerar mais de 328 mil empregos no país. “Nos Estados Unidos, esse número passou de 420 mil profissionais em 2024, com previsão de triplicar até 2030”, destacou Danilo Lang, fundador da plataforma Cannabis e Empregos.

Lang acredita que o varejo será um dos setores mais beneficiados, com geração de empregos em áreas como vendas, logística, financeiro, atendimento ao cliente e suporte. A curto prazo, o acórdão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), permitindo o plantio de cannabis em território nacional, poderá impactar significativamente esse mercado.

“Nos próximos anos, veremos um crescimento expressivo de profissões ligadas ao agronegócio, especialmente com a regulamentação do cultivo de cannabis medicinal por empresas”, afirmou Lang. O estudo da Kaya Mind também projeta que a arrecadação de impostos do setor no Brasil pode atingir R$ 9,5 bilhões após quatro anos de regulamento completo.

Lang destaca ainda a importância de criar leis que destinem parte desses impostos para beneficiários da sociedade, especialmente aqueles que foram prejudicados pela isenção da cannabis. “Isso geraria um impacto social ainda maior”, concluiu.

Durante o 27º episódio do podcast original Sechat, Deusa Cast, Danilo Lang e Fernanda Simon, especialista em moda e sustentabilidade debateram as oportunidades que o mercado da cannabis oferece para profissionais de diversas áreas. O episódio disponível no portal Sechat e nas principais plataformas de áudio destacou como a tecnologia pode auxiliar empresas do setor a alcançar melhores resultados e o potencial econômico que a regulamentação da cannabis pode trazer ao Brasil.

 

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