Hospitais mantêm restrições a cannabis medicinal nos EUA
O Estado de Kentucky liberou o uso terapêutico, mas pacientes não podem fazer o uso nas dependências dos hospitais
Publicada em 31/01/2025
Imagem Ilustrativa: Canva Pro
A partir de 1º de janeiro de 2025, pacientes no Kentucky poderão acessar a cannabis medicinal para tratar condições como câncer, dor crônica, distúrbios convulsivos, esclerose múltipla, TEPT e náusea crônica. No entanto, hospitais, incluindo a Owensboro Health, seguem proibidos de armazenar, dispensar ou permitir o uso da substância em suas dependências, segundo o The Owensboro Times.
Regulamentação e acesso
Para obter a cannabis medicinal, os pacientes precisarão de uma certificação médica e deverão se registrar no site oficial do estado, kymedcan.ky.gov, onde receberão um cartão digital. A substância poderá ser adquirida apenas em dispensários licenciados, já que a lei não a classifica como um medicamento prescrito, impedindo sua distribuição em farmácias, clínicas e hospitais.
Apesar da legalização estadual, a cannabis medicinal permanece como uma substância da Tabela I sob a legislação federal. Isso significa que pacientes hospitalizados não poderão utilizá-la durante a internação e precisarão recorrer a tratamentos alternativos. “Se um paciente trouxer cannabis medicinal para o hospital, ela será tratada como contrabando”, afirmou Jason Collins, diretor executivo de farmácia da Owensboro Health.
Restrições e esclarecimentos
A nova legislação também mantém restrições quanto à forma de consumo: fumar maconha segue proibido, sendo permitidas apenas opções como gomas e chás infundidos. Collins destacou que o objetivo da Owensboro Health é garantir que pacientes e profissionais compreendam a estrutura legal e médica. “Não estamos encorajando ou desencorajando o uso de cannabis medicinal. Nosso papel é dar suporte aos nossos provedores na tomada das melhores decisões para seus pacientes”, disse.
Com a nova lei, espera-se um aumento na busca por informações sobre o programa. A Owensboro Health reforça a importância de que pacientes consultem o site oficial do estado para entender os requisitos do programa e encontrar fornecedores certificados. “Esta lei está evoluindo rapidamente, e é essencial que pacientes e provedores se mantenham informados”, concluiu Collins.