Niny Magalhães revela como a cannabis medicinal transformou seu tratamento de saúde e ansiedade
Em entrevista, a comediante detalhou sua jornada desde o diagnóstico de burnout até a descoberta da planta como alternativa aos medicamentos alopáticos tradicionais.
Publicada em 30/12/2025

Imagem: Sechat
A descoberta da cannabis medicinal muitas vezes surge após um longo percurso de tentativas frustradas com a medicina convencional. Para a comediante Niny Magalhães, esse processo não foi diferente. Em um relato sincero ao Sechat, Niny compartilhou como a planta entrou em sua vida após os 30 anos, preenchendo uma lacuna deixada por tratamentos que não ofereciam o suporte necessário para sua saúde mental e física.
O esgotamento e as limitações da alopatia
O caminho de Niny até a cannabis foi marcado por desafios severos de saúde mental. A artista enfrentou crises intensas que a levaram a buscar ajuda especializada, mas encontrou dificuldades com os efeitos colaterais das medicações prescritas.
"Foi uma descoberta já na vida adulta. Eu tive contato com a cannabis já depois dos 30 anos, após entender todo o meu organismo e entender tudo que eu passava de estresse e ansiedade. Eu tive dois episódios de ansiedade generalizada muito fortes e, após esses episódios, foram me indicadas medicações que não me faziam bem, não me traziam um conforto", revelou Niny.
Além das questões psicológicas, a comediante sofria com sintomas físicos que não encontravam alívio satisfatório. "Eu sempre tive muito espasmo muscular, muita dor, muito torcicolo. Todo medicamento que eu tomava para relaxar o músculo me causava dor de estômago ou me causava até uma ansiedade, porque eu sentia que o meu corpo estava bem, mas a minha mente não estava; que aquele relaxamento era só físico", explicou.
O ponto de virada: do elevador ao consultório
Após um quadro de burnout, Niny passou a buscar alternativas que fossem além da farmácia tradicional, explorando terapias holísticas até que um encontro casual despertou sua curiosidade para a cannabis medicinal. O estalo inicial veio através de um antigo chefe, ao sentir um aroma diferente em um elevador.
"Eu senti um cheiro nele, um cheirinho muito meio que de um incenso. Não me lembrava o cheiro de um fumo, me lembrava o cheiro de um vaporizador. Eu entrei no elevador e falei: 'perfume gostoso'. Ele riu e explicou o que era, me mostrou o vaporizador na época e falou: 'olha, eu faço esse tratamento aqui assim e assado'", relembrou a artista.
Embora já tivesse tido contatos esporádicos com a planta em contextos sociais — o que ela descreve como um uso "lúdico e esporádico" — foi apenas anos depois, por recomendação de um amigo e conexão com uma clínica especializada em Brasília, que ela compreendeu o potencial terapêutico da cannabis.
Quebra de paradigma
O relato de Niny Magalhães reforça um movimento crescente de pacientes que buscam na cannabis uma forma de medicina personalizada, capaz de tratar o corpo e a mente de forma integrada. Para ela, a transição do uso recreativo para o medicinal foi o que permitiu enxergar a planta como uma ferramenta de qualidade de vida e não apenas de lazer.
Assista ao vídeo completo:



